O presidente da Associação Comercial Industrial de Avaré (ACIA), Cassio Jamil, participou do programa Cidadania Esporte Notícias, que vai ao ar pela Rádio Cidadania FM (104,9) nesta quarta-feira, dia 13 de maio.
Durante a entrevista ele se mostrou muito preocupado com a situação dos comerciantes. Segundo o presidente, o fechamento de vários comércios deve gerar cerca de 2 mil demissões em Avaré. “Pode parecer exagero, mas acredito que o número de demissões no comércio passa de 2 mil, pois Avaré tem muitas empresas, muitos comércios, são cerca de 5 mil”.
Cassio afirmou que a situação é preocupante e criticou o governador João Dória. “A situação dos comerciantes é desesperadora. O que estão fazendo com os comerciantes de Avaré é desumano, insano. Não é possível acreditar que alguém chegue no Governo de São Paulo e cometa tantas falcatruas, pois não é somente para proteger, mas por interesse político. Não é possível o governador equiparar Avaré com São Paulo”.
“Ele (governador)já havia prejudicado, e muito, com a prorrogação que atingiu o dia das mães. Realmente é lamentável e não dá para aceitar o que está acontecendo e a situação vai ficar pior a hora que começar a aumentar o desemprego”, completou.
Ele destacou que o comerciante estaria sendo o mais prejudicado com a quarentena. “Tudo que acontece é sempre o comerciante que paga o pato e isso é um contrassenso enorme. Se as pessoas estivessem trabalhando com todos os cuidados que o Ministério da Saúde preconiza, com certeza o risco de se contrair o coronavírus seria muito menor do que está se aglomerando em casa, nas filas de bancos”. “A gente tem informações de que muito comerciantes vão fechar as portas, pois não tem como sobreviver, sendo que muitos já encaminharam as demissões de seus funcionários e vamos ter um desemprego em massa, tudo por responsabilidade do nosso insano governador”.
Sem querer polemizar, Cassio falou sobre a decisão da atual administração em seguir o decreto estadual. “O prefeito usou um estimo mais cauteloso, ele não fez o estilo pagar para ver, ele verificou para não ter problemas no futuro. Foi a opção que ele fez e acho que se ele tomasse outro caminho talvez desse, mas também não iria conseguir muita coisa. Equivocadamente foi feito uma consulta por comerciantes ao Ministério Público, na euforia de tentar ajudar e o MP negou qualquer chance de ter exito”.
ATITUDES DA ACIA – O presidente afirmou que a Acia vem tomando atitudes para ajudar os comerciantes. “Nós chegamos a conclusão que precisamos fazer algo mais duro, com maior objetividade. A Acia, com a Federação dos comerciantes e outras associações comerciais, vão entrar com uma ação coletiva. Está sendo feito um levantamento de todas as regiões do estado e a Acia também está fazendo para entrar com a ação coletiva”.
Una reunião foi realizada na terça-feira, dia 12 de maio, para traçar planos futuros. “A ideia principal nossa é de ajudar o comércio de Avaré de uma forma inédita. Estamos nos preparando para fazer algo grande para o município para tentar minimizar as coisas que estão ocorrendo. Nós não paramos nenhum momento desde o início desta pandemia. Estamos trabalhando e é importante ressaltar que existe uma diretoria que estão atuantes. Tivemos uma reunião ontem (terça) muito proveitosa para tomar algumas decisões. O que a gente não gosta é de criar falsas expectativas”.
Ele criticou ainda alguns “fake news” envolvendo a Acia. “Algumas vezes a Acia não se manifesta e tem pessoas mal informadas que falam que a Acia não está fazendo nada, mas estamos trabalhando muito para tentar resolver o problema atual e o que vem pela frente”.
A entrevista completa está disponível na página do Facebook da Rádio Cidadania.