Telefonema feito por meio de uma linha de pessoa já falecida colocou em risco a integridade, também, dos parentes da funcionária pública
Uma cidadã de Paranapanema denunciou, na tarde do último dia 27, quarta-feira, supostas ameaças à sua vida e de seus familiares. Segundo informações levantadas pela reportagem do jornal A Voz do Vale, a servidora pública Beatriz Alves Sampaio, como forma de se proteger, registrou a situação na Polícia Civil que, a partir de agora, investigará o caso e seus responsáveis. Já foi apurado que as ameaças foram feitas por meio da utilização de um número de telefone de pessoa já falecida.
Conforme o relato lavrado na Polícia Civil de Paranapanema, Beatriz recebeu uma chamada telefônica no início da tarde de quarta-feira, 27. Na identificação foi registrado o número (14) 99619-2021. Quando atendeu a chamada, ela percebeu a voz de uma mulher, que se identificou como sendo ‘uma amiga’. A partir disso, a desconhecida passou a afirmar que Beatriz deveria “parar de mexer com os políticos de Paranapanema”, pois caso continuasse, poderia perder seu cargo público – ela é professora concursada da Prefeitura de Paranapanema desde 2012. Ao mesmo tempo, a voz afirmou que seu marido “seria preso por tráfico de drogas” e também a lembrou, de forma taxativa, ter um filho de 08 anos.
“Assim que recebi a ligação fui até o Ministério Público de Paranapanema e a promotora descobriu que este número está registrado no nome de Maria José Francisco Costa da Silva. Ainda de acordo com a promotoria, esta pessoa já faleceu”, destacou a funcionária pública em nota enviada à reportagem do jornal A Voz do Vale.
Beatriz ainda recordou que, há alguns anos, fiscaliza o trabalho dos políticos e agentes públicos da cidade de forma geral. “Fui, inclusive, autora da denúncia que culminou em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que culminou na cassação do mandato do ex-prefeito da cidade”, destacou.
Em sua visão, a ameaça decorreu de suas ações críticas atuais. “Há algumas semanas divulguei, em minha rede social, um vídeo que gravei envolvendo um vereador da cidade em que ele arquitetava a cassação do ex-prefeito”, frisou Beatriz, lembrando que a gravação chegou a ser tema de matéria de veículos de imprensa locais que, conforme abordagens dadas, trouxe à luz um suposto conchavo para a cassação do ex-prefeito.