Somente após os vereadores Adalgisa Ward (PSD) e Ernesto Albuquerque (PT) tomarem a iniciativa e denunciarem o possível favorecimento do secretário de Serviços de Avaré, Abelardo Mendes, ao Ministério Público, outros quatro parlamentares decidiram solicitar a inclusão dos nomes. Devido a quarentena, a denúncia foi protocolada no sistema online do MP na terça-feira dia 26 de maio.
O fato foi confirmado pela própria Câmara de Avaré em nota enviada à imprensa. Segundo o legislativo, na quarta-feira, dia 27 de maio, parte dos vereadores , após reunião, decidiu apoiar iniciativa de dois outros parlamentares – Adalgisa Lopes Ward (PSD) e Ernesto Ferreira de Albuquerque (PT) – após estes encaminharem denúncia ao Ministério Público local sobre suposto recebimento ilegal de terras por parte do secretário.
Durante a reunião os vereadores: Barreto do Mercado, Toninho da Lorsa, Cabo Sérgio e Flávio Zandoná se propuseram a apoiar o pedido de investigação por parte do Ministério Público. A Câmara encaminhará, nos próximos dias, ofício ao MP pedindo a anexação das assinaturas dos demais vereadores que se interessarem em integrar o processo.
Informações dão conta que até a terça-feira, dia 26 de maio, somente os vereadores Adalgisa Ward e Ernesto Albuquerque haviam proposto tomar uma atitude referente a denúncia publicada com exclusividade pelo A Voz do Vale.
Havia a expectativa da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), porém alguns vereadores teriam mudado de ideia em seguir com a investigação, fato que chamou a atenção, já que desde 2017, parlamentares tinham uma postura crítica e sempre propondo que denúncias fossem apuradas.
Na última semana, o secretário Abelardo Mendes se encontrou com nove dos treze vereadores para esclarecer a situação. Os parlamentares foram até o Haras do secretário que alegou que as terras depositadas em sua propriedade seria “expurgo”. Mesmo constatando o fato, alguns vereadores tiveram cautela em se manifestar.
Segundo a Câmara, Abelardo Mendes protocolou, na terça-feira, dia 26 de maio, um ofício no legislativo reiterando as alegações feitas e destacando que o material permanecerá intacto em sua propriedade, para posterior “retirada do mesmo caso seja de interesse da Câmara, do Município ou de qualquer interessado”.