O A Voz do Vale realizou um levantamento que aponta que entre os meses de janeiro e setembro de 2019, Avaré é a cidade que menos gerou empregos com carteira assinada na região. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
Segundo o levantamento, entre janeiro e setembro deste ano, Avaré, que tem cerca de 90 mil habitantes, gerou 419 empregos com carteira assinada enquanto Botucatu, que tem em torno de 115 mil habitantes, no mesmo período, gerou 1853, uma diferença de quase 350%.
Cidades com uma população menor que Avaré também gerou mais empregos com carteira assinada, como é o caso de Lençóis Paulista. O município conta com cerca de 66 mil habitantes e gerou em 2019, 966 vagas.
Com relação a empregos com carteira assinada, Avaré perde para seu vizinho, o município de Cerqueira César que criou no período 595 vagas. Segundo o IBGE, são pouco mais de 19 mil cerqueirenses. Piraju, que tem cerca de 25 mil habitantes, gerou entre janeiro e setembro deste ano, 335 vagas, uma média maior do que Avaré.
Outra cidade que teve uma média de empregos com carteira assinada a mais do que Avaré é o município de São Manuel. A população é de cerca de 40 mil pessoas e as vagas criadas, até o momento, é de 387, 32 vagas a menos que Avaré que conta com mais do dobro da população.
NÚMEROS – Das 419 vagas com carteira assinada, 181 foi na indústria. No comércio houve uma retração de 26 vagas com relação a agosto. Avaré ainda criou 48 vagas na construção civil, 58 de serviços em geral e 157 na agropecuária. Também foi registrada uma retração de 2 vagas na administração pública.
Comparado com Cerqueira César, o município vizinho contratou 386 vagas na indústria, contra 181 em Avaré. Os cerqueirenses também superam os avareenses no setor de serviços, onde foram contratados 110 trabalhadores, 52 a mais.
SETEMBRO – Ainda segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em setembro deste ano, Avaré teve 617 demissões, sendo que 749 pessoas foram contratadas, uma diferença de 132.
Já o município de Botucatu contratou mais do que demitiu. Foram 1.333 admissões, contra 1.085 demissões. Já em Itapetinga foram 1159 contratações e 1055 demissões.
Em Cerqueira César, em setembro, foram contratadas 167 pessoas, enquanto 127 foram demitidas. No ano, foram criadas 1.627 vagas com carteira assinada, enquanto 1.032 perderam um emprego, ou seja, foram criadas cerca de 600 vagas a mais.
GERAÇÃO DE EMPREGOS – Em Botucatu, o prefeito Mário Pardini vem trabalhando para gerar mais empregos no município. Nesta semana, a Centroflora anunciou que vai dobrar sua estrutura e criar, até o início do ano que vem, mais 50 empregos. A informação foi postada pelo próprio prefeito em sua página no Facebook.
“Recebi em meu gabinete o presidente da empresa, Peter Andersen, e sua equipe, que nos informou da expansão das atividades em quatro etapas, gerando já em 2020 esses novos postos”, escreveu.
A Centroflora, que produz insumos para a indústria farmacêutica de todo o país, vai passar de 3,5 mil para quase 8 mil metros quadrados de indústria.
A construção terá participação da empresa botucatuense Pilan Engenharia, o que também gerará oportunidades no mercado da construção civil a partir da semana que vem. São mais de R$ 15 milhões de investimento privado no município.
“Firmamos parceria com a empresa para capacitarmos, junto ao Senai, profissionais para fazerem parte desse importante crescimento da Centroflora”, colocou Pardini.
Já em Itapetininga, a prefeita Simone Aparecida Curraladas dos Santos também anunciou a construção de uma sede permanente para o Call Center da Sabesp, atendendo mais de 300 municípios do interior, incluindo o litoral paulista e parte da Região Metropolitana de São Paulo. A previsão é gerar 400 novos postos de trabalho diretos em 2020.
A notícia, dada ao vivo pela Chefe do Executivo numa rede social, foi recebida com euforia pela população.
Em Assis, foi anunciado que a Prefeitura vem trabalhando para que Aeroporto da cidade receba vôos comerciais e, com isso, fomentar o turismo, bem como tornar a cidade ainda mais atraente para investimentos no setor industrial.
QUESTIONAMOS – O A Voz do Vale questionou a Prefeitura de Avaré, por meio da Secretaria de Comunicação, na quinta-feira, dia 17 de outubro, sobre qual trabalho o prefeito Jô Silvestre estaria fazendo para trazer mais empresas para o município.
Porém, até o fechamento desta edição que aconteceu às 17 horas de sexta-feira, dia 18, a secretária de Comunicação, Carla Flores, não havia se manifestado.