As regras de afrouxamento do isolamento social no estado de São Paulo que serão anunciadas no dia 8 de maio não devem contemplar cidades grandes, como a capital, nem médias, segundo informações preliminares do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
O governo está levando em conta três critérios principais de saúde para determinar se uma cidade pode afrouxar as regras de isolamento social.
Só será permitido o afrouxamento a cidades que se encaixem nestes três requisitos:
- Não ter registrado nenhuma contaminação por covid-19. São Paulo tem 645 municípios e 288 deles já tiveram pelo menos um caso.
- A adesão ao isolamento social precisa estar acima de um mínimo que ainda será definido. Atualmente, trabalha-se com 55% como linha de corte, mas o valor pode sofrer alteração.
- Ter unidade de saúde no município e leitos de UTI disponíveis na cidade ou nos arredores. Em paralelo, será elaborado um estudo para determinar a disseminação da covid-19 em cada região, o que é feito pela análise do número de casos e mortes.
Atualmente, Avaré não atenderia os requisitos, pois a cidade conta com mais de 20 casos confirmados e a taxa de isolamento social está em 49%. O governo trabalha com, no mínimo de 55%.
Avaré também estaria com todos os leitos de UTI da Santa Casa de Misericórdia ocupados. Com isso, Avaré poderá continuar com restrições, mesmo a partir de 11 de maio.
A retomada do comércio, de acordo com plano que vem sendo costurado, só deverá ser permitida para cidades com menos de 30 mil habitantes e que se encaixem em uma série de critérios que estão sendo fechados.
RESTAURANTES E ACADEMIAS
O grupo que trabalha na flexibilização da quarentena já tomou decisão sobre a volta ou não de alguns ramos nas cidades que puderem retomar parte dos negócios.
É consenso que as óticas poderão reabrir por dois motivos principais. O primeiro, é o serviço ser considerado um ponto de apoio à saúde por corrigir um defeito de visão.
A outra razão é que se trata de um estabelecimento que não promove aglomerações e só é procurado por clientes que realmente precisam.
Restaurantes estão no grupo que não deve reabrir. A explicação é que ninguém sai para jantar sozinho. Permitir o funcionamento causaria aglomerações. E o decreto atual permite a entrega por delivery ou pegar a refeição na porta do estabelecimento.
As academias também continuarão fechadas. A justificativa é que o ambiente reúne muitas pessoas e há compartilhamento de aparelhos de musculação, halteres, esteiras e bicicletas. A possibilidade de contágio nestes locais é visível.
As cidades que forem autorizadas a reabrir parte do comércio serão obrigadas a determinar que a população use máscaras na rua. Também haverá uma limitação para o número de funcionários que poderão trabalhar em cada estabelecimento. Eles também precisarão estar de máscara. Deve haver álcool gel para clientes e será controlada a entrada para evitar aglomerações. Em caso de filas para acessar o comércio, o governo de São Paulo exigirá que seja respeitada uma distância segura entre as pessoas.
Caso não ocorram alterações no plano, Avaré poderá ficar de fora dos municípios que terão a flexibilização da quarentena.
Com informações do UOL.