Diante do aumento de casos do novo coronavírus no Brasil e, principalmente, no Estado de São Paulo, a orientação dos órgãos de saúde é o isolamento em casa. Mas, para muitas pessoas que vivem em situação de rua em Avaré, a quarentena domiciliar não é uma possibilidade.
A cidade vem registrando várias pessoas que estão dormindo pelas ruas, ao relento. A ampla maioria não conta com nenhum tipo de proteção, como máscaras e, muito menos, álcool em gel.
Até março, a Prefeitura estava abrigando os moradores no ginásio Kim Negrão, onde podiam tomar banho e dormir. Ocorre que desde abril a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Semads) passou a abrigar as pessoas no Centro Social Urbano (CSU) no Plimec, um local distante da área central, principal ponto de concentração dos moradores de rua.
Em uma entrevista gravada concedida ao Jornal da Paulista na terça-feira, dia 12 de maio, o prefeito de Avaré, Jô Silvestre, confirmou que as pessoas em situação de rua estão sendo encaminhadas ao CSU.
Silvestre disse ainda que somente os moradores que aceitam a ajuda estão sendo atendidas e que a Prefeitura não pode obrigar eles a serem encaminhados ao CSU.
“Estamos com uma equipe preparada, já atendendo os moradores de rua fazendo abordagens e levando até o local conforme alguns aceitem ir. Nós não podemos obrigar eles ir, mas os que estão aceitando estão indo até o CSU, onde tão tendo toda a orientação necessária, estão tendo todo o preparo de saúde, alimentação e higiene com total apoio da assistência social”.
O prefeito destacou que vem atendendo as pessoas em situação vulnerabilidade social. “Nós estamos entregando cestas básicas para as famílias que são conveniadas ao Semads e também estamos fazendo os atendimentos agendados no CRAS as famílias que estão mais necessitando”.
Porém, Silvestre não esclareceu se a Prefeitura está entregando equipamentos de proteção e orientando os moradores em situação de rua sobre a gravidade do coronavírus.