A ampliação das investigações foi anunciada durante reunião sobre a retomada dos trabalhos da CPI da Dívida Ativa.
A Coletiva de Imprensa realizada no início da noite da terça-feira 06, na Câmara Municipal de Avaré, marcou novos rumos para as futuras apurações de supostas renúncias de receita feitas pela Prefeitura local. Conforme detalhes repassados à reportagem do jornal A Voz do Vale, as análises de dados, a partir de agora, não serão mais restritas a poucas empresas, mas a todas que supostamente estejam envolvidas no esquema.
Segundo informações, o Tribunal de Justiça de São Paulo informou sua decisão – que possibilitou a continuidade da investigação por parte do Legislativo – à Justiça Avareense na manhã da quarta-feira, 06. Com isso, a comissão investigativa deve realizar, já nos próximos dias, suas primeiras reuniões. Conforme repassado à reportagem pelo Departamento Jurídico da Câmara de Avaré, os próximos passos do grupo será colocar às claras tudo o que está prescrito e decadente nas contas da Prefeitura de Avaré e levantar quais os motivos para que isso tenha acontecido. A Prefeitura será notificada, já nos próximos dias, quanto ao envio das informações e documentos necessários para análise.
“Caso o Executivo não atenda nossos pedidos, não descartamos a realização de diligências in loco, visto que a comissão tem poderes para tanto”, destacou um dos representantes jurídicos da Câmara. O prazo de resposta ainda será estabelecido pelos responsáveis. Também serão feitas, durante a investigação, oitivas com vários funcionários de setores da Prefeitura de Avaré, como Procuradoria, Tecnologia de Informação (TI) e demais áreas relacionadas.
“Precisamos chegar nos responsáveis. Em tempos difíceis como os que atravessamos, não é compreensível que a Prefeitura deixe de arrecadar dinheiro. Isso é impensável”, destacou o presidente da CPI, Flávio Zandoná. Para ele, além do mais, a Prefeitura de Avaré deveria estar apoiando a investigação, que pretende encontrar e conter supostas sangrias nos recebimentos devidos do Executivo.
ATUAÇÃO MAIS AMPLA – Também foi destacado, na reunião, que a comissão de investigação, a partir de agora, toma um vulto maior: diferente da primeira etapa – quando começaram a ser investigadas cinco ou seis empresas supostamente envolvidas com esquema de renúncia de receita – agora, a CPI pretende ser mais ampla.
“Pretende-se, nesse reinício de atividades, investigar todas as empresas que tenham participado do suposto esquema”, destacou o representante do departamento jurídico do Legislativo Avareense.
ENTENDA – A CPI da Dívida Ativa, interrompida por determinação judicial no primeiro semestre desse ano, após o Tribunal de Justiça de São Paulo decidir em favor da investigação parlamentar. A comissão terá, a partir de agora, 60 dias para levantar supostas dividas da Prefeitura dos anos de 2017 e 2018, que teriam prescritas.