Um dos candidatos que concorreu na eleição do Conselho Tutelar de Arandu, que ocorreu no dia 6 de outubro, denunciou possíveis irregularidades que teria ocorrido no pleito.
Pedro Silvério de Oliveira protocolou um recurso no dia seguinte da eleição no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) relatando possíveis irregularidades. Segundo ele, os candidatos não tiveram como analisar os votos que foram anulados. Ele relatou ainda que a representante do CMDCA teria dito: “Deixei alguns votos que poderiam ter sido anulados passar”.
Pedro destacou ainda que alguns candidatos teriam pedido voto em chapa, o que seria proibido pela lei municipal 1312/2001. Durante a apuração dos votos, uma parente de uma candidata teria ficado responsável de “cantar” os votos, que teriam sido lidos de forma rápida e sem supervisão.
Outro fato que poderia comprometer o pleito foi que em reunião realizada antes da eleição teria ficado decidido que parentes de candidatos não poderiam permanecer dentro das sessões de votação, o que teria sido desrespeitado.
Já no dia 8 de outubro, Pedro protocolou um novo recurso, agora pedindo a impugnação de três candidatos que teriam descumprido as regras da prova escrita que iniciou o processo seletivo, “pois mesmo com a proibição, tiraram foto dentro da sala de prova com celular e postaram em rede social”. A foto foi anexada a denúncia.
Segundo Pedro Silvério, membros de partidos políticos teriam pedido votos para candidatos ao Conselho Tutelar, o que também seria proibido.
Pedro também solicitou a recontagem de votos, porém o CMDCA não teria se manifestado até o momento. O Ministério Público também foi acionado, porém, assim como em Avaré, destacou que o órgão não seria responsável em apurar as denúncias e que somente o CMDCA teria competência para isso.
O que chama a atenção é que em outra regiões o MP está analisando as denúncias de supostas irregularidades na eleição do Conselho Tutelar em diversos municípios, o que não vem acontecendo em Avaré e Arandu.
Pedro disse que vai aguardar a decisão do CMDCA de Arandu para decidir se impetrará uma ação judicial.
A reportagem tentou entrar em contato com o CMDCA, porém não foi possível contato.