Os funcionários da Prefeitura de Avaré darão explicações pertinentes aos seus postos de trabalho a partir das 09 horas
Acontece, na manhã desta quarta-feira, 20, a partir das 09 horas, nova bateria de entrevistas dentro das oitivas previstas pela CPI da Dívida Ativa atualmente em execução na Câmara Municipal. Desta vez, estão previstas declarações de trabalhadores do setor contábil do Executivo. Estão previstos depoimentos dos funcionários Aline Collella, chefe do Posto Fiscal, de Luciano Battistetti Rodrigues, auditor fiscal do Município, de Flávio Denardi, supervisor da fiscalização, e de Itamar Araújo, atual secretário de Fazenda. A reunião é aberta à população interessada.
A CPI da Dívida Ativa, em um primeiro momento, começou a apurar supostos casos de prescrição e decadência tributária, na Prefeitura de Avaré durante os anos de 2017 e 2018, ou seja, a prescrição da dívida de empresas localizadas na cidade junto ao Poder Municipal. Todo processo, segundo apurado inicialmente, já teria custado aproximadamente R$2 mi aos cofres públicos; no entanto, análises extraoficiais afirmam que o rombo pode ser muito maior do que verificado inicialmente. Porém, desde que sua reativação foi autorizada pela Justiça, o grupo resolveu abrir investigação referente a todas as empresas que supostamente possam estar envolvidas no esquema de sonegação.
QUE LÍDER É ESSE? – O assunto também foi pauta durante a última reunião de Câmara, ocorrida na noite da segunda-feira, 18. Na citada data, o vereador Toninho da Lorsa (PSDB) abordou, de forma irônica, as tentativas do Executivo avareense em barrar as investigações.
“Há alguns dias, foi muito comentado que nós, ‘havíamos perdido mais uma para a Prefeitura, que podia pedir música’ e coisas assim. Então, já que transformaram a questão em futebol, quem comemorou antes da hora esqueceu que, hoje, nós temos o VAR”, disse ele, fazendo, com as mãos, o símbolo usado pelos juízes, nos jogos de futebol, para pedir a revisão da cena. “Queremos que esses problemas todos parem. Não dá para perder de dois a três mi todos os anos, jogar dinheiro no lixo, quantias que poderíamos receber, e não recebemos”, destacou.
Em seguida, falou de entrevista concedida pelo prefeito Jô Silvestre a uma emissora local durante a última semana. “Que líder é esse? Esse é o nosso chefe do Executivo? Afinal, se ele não é contra, que apóie a iniciativa. Apenas achamos estranhas algumas atitudes: porque barraram (a iniciativa)? Porque o medo?” frisou, lembrando que, conforme estimativas da Procuradoria do Município, já foram perdidos mais de R$ 150 mi nos últimos anos, montante que não pode ser recuperado.
“Quem deve tem que pagar. Não é possível fazer acordos e mais acordos, todos sob suspeita, com problemas que estamos averiguando”, destacou o vereador.