Aglomeração. Essa é a palavra mais utilizada quando se trata de evitar a disseminação do coronavírus. Porém, o prefeito Jô Silvestre, por meio de decreto publicado no dia 9 de maio, determinou a volta de todo o funcionalismo público municipal ao trabalho.
Desde a manhã desta segunda-feira, dia 11, o horário de funcionamento das repartições públicas municipais retornou ao horário normal de expediente, ou seja, das 08h às 17h, mantendo-se suspenso o atendimento ao público.
Questionado sobre o assunto, o presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Avaré e Região, Leonardo do Espírito Santo, revelou que o órgão vai notificar a Prefeitura sobre a decisão.
Leonardo destacou ainda que visitará as repartições públicas e verificar as condições em que os servidores estão trabalhando. “Fizemos uma notificação hoje sobre os EPIs para a Prefeitura. Vou visitar os departamentos da Prefeitura para verificar, mas vamos notificar a Prefeitura com relação a isso, porque se ele exige que não pode ter aglomeração no comércio, em locais públicos, como que ele coloca os funcionários para trabalhar juntos e sem ter uma distância mínima?”, questionou.
O presidente revelou que fez uma visita a algumas escolas e creches municipais nesta segunda-feria, dia 11. “Hoje visitei algumas escolas e creches e a conversa foi de o que fazer com esses funcionários que vão ficar ociosos e gerando despesas para a Prefeitura?”.
Leonardo também questionou a revogação de artigos no decreto municipal que obriga os funcionários a utilizar os equipamentos de proteção individual. “O Sindicato está antenado e verificamos que o prefeito revogou os artigos da utilização dos EPIs para os funcionários. Vamos cobrar também sobre as aglomerações e vamos notificar a Prefeitura sobre isso também”.
Ele criticou ainda o fato da Prefeitura não ter consultado o Sindicato sobre a volta total aos trabalhos do funcionalismo. “Muito engraçado que se tomam atitudes em decretos sem consultar. É uma Prefeitura totalmente evasiva. Quer cobrar responsabilidade dos empresários, mas não se faz a lição dentro de casa”.
Segundo funcionários que pediram para não serem identificados, algumas repartições da Prefeitura contaria com cerca de 15 servidores trabalhando no mesmo local, o que acaba gerando uma aglomeração.
Servidoras destacaram ainda a incoerência do executivo ao manter o comércio fechado e determinar a volta ao trabalho nas repartições públicas.