A Câmara Municipal sediou, na manhã de sexta-feira, dia 15 de outubro, uma audiência pública para tratar sobre as polêmicas relacionadas a saída de Avaré do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU Regional. O encontro foi solicitado pelo vereador Tenente Carlos Wagner (PSD).
Porém, a reunião não contou com a presença do presidente da Associação dos Municípios do Vale do Paranapanema – Amvapa, José Roberto Santinoni Veiga e, nem mesmo, dos prefeitos e secretários de saúde das cidades que fazem parte do consórcio. O prefeito de Avaré, Jô Silvestre, e o secretário municipal da Saúde, Roslindo Machado, também não aparecem na audiência.
Além de representantes do Samu, estiveram presentes os vereadores: Marcelo Ortega (Podemos), Adalgisa Ward (PSD), Tenente Carlos Wagner (PSD), Luiz Cláudio da Costa (PSD), Flávio Zandoná (Cidadania), Ana Paula (Republicanos), Carla Flores (MDB), Jairinho do Paineiras (PTB) e Magno Greguer (PSB), além do secretário de Administração, Ronaldo Guardiano, que representou a Prefeitura.
Durante sua participação, o munícipe Paulo Proença chamou o prefeito Jô Silvestre e o secretário da Saúde, Roslindo Machado, de covardes por não comparecerem na audiência pública. Proença disse ainda que vereadores da situação e o prefeito municipal estariam envergonhando a sociedade.
Em resposta, o secretário de Administração, Ronaldo Guardiano, classificou como infeliz a declaração do secretário de Saúde, Roslindo Machado que revelou que Avaré estava deixando o Samu Regional. “Ele foi infeliz na colocação, pois não era o momento dele falar com Samu naquela audiência pública”
Guarniano voltou a criticar o secretário após ser questionado pela jornalista Cida Koc. “Infelizmente, durante a audiência pública da saúde, o secretário de saúde foi infeliz da fala referente ao Samu, pois não era naquela oportunidade de ser dito”.
Porém, o secretário de Administração falou que Avaré estaria ficando com o ônus da parceria. Avaré está arcando com uma parcela muito grande e o ônus está ficando muito grande para Avaré. Tem que dividir igualmente entre as cidades, não ficando os encargos somente para Avaré. Se não tiver acordo, o prefeito pensa em instalar um serviço municipal”, disse.
Em determinado momento, houve um início de bate-boca entre a vereadora Carla Flores e o munícipe Paulo Proença.
EMOÇÃO – Emocionada, a Técnica de Enfermagem Andreia, que trabalha há quase 10 anos no Samu, falou da importância do serviço na cidade. “Quero dizer aos amigos que estão aqui presentes que é uma honra estar a cada dia com vocês e que é um amor imenso atender a essa população avareense. Essa farda é minha segunda pele e a viatura é a minha segunda casa”.
Ela pediu que os políticos não abandonem os servidores do Samu. “Só pedimos que haja um acordo, pois no Samu não tem situação nem oposição, o Samu é uma equipe, uma união. Tomem todas as atitudes que vocês possam tomar. Lutem por nós, não desistam, pois nós não desistimos de vocês. Quando vocês precisaram, nós estávamos lá, não desistam de nós”.