Portas fechadas. É assim que alguns membros da imprensa encontraram a Câmara Municipal, durante a sessão extraordinária realizada no dia 16 de julho. Na oportunidade, ocorreu a votação da rejeição das contas do prefeito de Avaré, Jô Silvestre.
Diferentemente do que ocorreu na visita do vice-governador, Rodrigo Garcia, que ocorreu no legislativo, onde foram registradas diversas pessoas se aglomeraram e não respeitaram o distanciamento social, a Mesa Diretora afirma que segue os protocolos sanitários e que não teria impedido a imprensa de participar da sessão.
Porém, afirma que tomou a medida de não convidar a imprensa para evitar aglomerações. “No entanto, houve limitação para o número de pessoas presentes no local, a fim de evitar aglomerações. Ressaltamos que as sessões da Câmara Municipal de Vereadores da Estância Turística de Avaré, estão ocorrendo sem a presença de público durante a pandemia que assola nosso país. Sendo assim, não houve e não há a existência de cerceamento de informações, visto que todos os cidadãos (avareenses ou não) podem acompanhar as sessões da Câmara de forma online”.
Somente um único órgão de imprensa teve acesso ao legislativo, sendo que os demais que foram até a Câmara, encontraram o local com as portas fechadas. Na nota, a presidência faz uma menção de como acha que a imprensa trabalha no município, sem verificar se os órgãos de imprensa pretendiam estar na Câmara.
“Além do mais esclarecemos que a Mesa Diretora, através de seu presidente, atendeu ao pedido do empresário e proprietário da Do Vale TV, cedendo imagens para a ilustração da matéria referente ao assunto. Diante disso, foi cedido pela presidência da Câmara, a pedido do Dr. Cláudio Mansur Salomão, a presença da Do Vale TV, uma vez que os demais órgãos de imprensa, tanto escrita quanto oral, não necessitariam estar presentes para colher estas imagens, visto que estes poderiam colher as informações necessárias de maneira online”.
Tentando justificar que vem cumprindo as normas sanitárias, a Câmara erra o ano em que a pandemia assolou o mundo. “Portanto, as críticas publicadas por alguns órgãos de imprensa, acusando esta Casa de Leis pelo fato de não poder assistir à sessão presencialmente, são infelizes e descabidas dentro do atual contexto que estamos vivendo, pois, desde março de 2019 as sessões camarárias vêm acontecendo sem a presença de público, não é, por conseguinte, uma decisão tomada nesta gestão mas uma continuidade nas medidas de prevenção à Covid-19 dentro dos protocolos sanitários vigentes, e, não poderia esta Casa quebrar tais protocolos especialmente para a sessão extraordinária de 16 de julho, posto não haver qualquer atipicidade nela em relação às demais sessões”.
A nota é assinada pelo presidente da Câmara, vereador Flávio Zandoná (Cidadania).