Em nota enviada a redação do A Voz do Vale, o ex-diretor de Transportes do Município de Itatinga, Douglas Alexandre Janes, se defende da denúncia apresentada pela Promotora de Justiça, Maria Cecília Alfieri Nacle, onde o ex-diretor é acusado de usar dinheiro proveniente de adiantamento de viagem para despesas improprias.
“Douglas agia como um ente soberano e polivalente: requisitava o dinheiro adiantado, responsabilizava-se por ele, gastava-o e prestava contas da maneira que queria, sem ser incomodado”, traz um trecho da denúncia realizada pela promotora alegando ainda que Douglas, “Apresentava, sem o menor pudor, recibos e cupons fiscais (muitas vezes ilegíveis) em que constavam gastos imódicos, como cigarros e refeições regadas a camarões (!!)”. A denúncia ainda pesa contra o ex-prefeito Paulo Marcos Borges dos Santos (Paulo Apollo).
Abaixo a nota na íntegra enviada por Douglas Alexandre Janes:
Venho por meio desta esclarecer alguns fatos publicados pelo Jornal a Voz do Vale em relação a matéria veiculada no dia 20 de Novembro do decorrente ano de 2020.
Fui Diretor de Transportes do município de Itatinga-SP por alguns meses na gestão 2013 / 2016 , tomava conta de toda frota municipal, relação de multas, documentação dos veículos, manutenção da frota municipal e requerimentos de viagens de todas as pastas da municipalidade (educação, saúde, esporte, agricultura, meio ambiente, assistência social, fundo social entre outros departamentos, dentre as funções eu fazia a liberação da diária para as viagens dos motoristas, diferente do que foi alegado na matéria publicada, quem fazia o uso do dinheiro eram os motoristas (funcionários públicos concursados), os quais me apresentavam o memorando de viagem e assim eu liberava a diária de acordo com a viagem a ser feita, após o retorno da viagem cada motorista que retirava sua diária comigo, todos me apresentavam as notas de consumo, respectivamente assinadas no verso de cada cupom fiscal, o número do memorando, placa do veículo usado e assinatura do motorista que fez uso do dinheiro público para a viagem, SENDO ASSIM QUEM USAVA O DINHEIRO ERA OS MOTORISTAS E NÃO O DIRETOR COMO CONSTA NA ACUSAÇÃO, MUITA ME ESTRANHA RELATAREM QUE O DIRETOR COMPRAVA ATÉ MAÇOS DE CIGARRO DE TAL MARCA SENDO QUE NUNCA COLOQUEI UM CIGARRO EM MINHA BOCA EM TODA MINHA VIDA, MUITO MENOS ALMOÇOS REGADOS A STROGONOFF DE CAMARÃO , POIS NÃO GOSTO E NÃO COMO CAMARÃO, acho que a pessoa que relatou as tais inverdades deveria verificar como eram feitas as diárias e simplesmente conferir essas notas para confirmar se era a minha assinatura que constava atrás dos cupons fiscais, eu como Diretor de Transportes tinha a função de retirar os empenhos, repassar para cada motorista e depois prestar conta apresentando os cupons fiscais, relativamente assinados, datados, com número do memorando de cada motorista E NÃO DE DISCRIMINAR O TIPO DE GASTO (isso sim seria errado), POSTERIORMENTE ESSE PROCEDIMENTO ERA FEITO POR TODOS OS DIRETORES QUE RETIRAVAM EMPRENHOS, POIS CONSEGUI MUDAR PARA QUE CADA PASTA RESPONDESSE E RETIRASSE O EMPENHO PARA SUAS VIAGENS, e relato ainda que nunca fiz uso do dinheiro público para almoços e jantares em churrascarias e restaurante como foi relatado. Infelizmente nosso município é marcado por brigas políticas e sempre a corda estoura para o lado mais fraco. Me coloco a disposição deste Jornal a Voz do Vale para esclarecer quaisquer dúvida sobre os fatos narrados.
NR: Todos os dados veiculados pelo A Voz do Vale são embasados na denúncia oferecida pelo Ministério Público de Itatinga.