A Justiça manteve a condenação de uma auxiliar de enfermagem da penitenciária de Itaí por disponibilizar celulares aos detentos da unidade. O crime foi no decorrer de 2008 e a primeira condenação ocorreu em 2019. O recurso foi julgado em novembro deste ano.
Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a mulher entrava na unidade com celulares em troca de vantagens financeiras. Os valores eram depositados nas contas da irmã e do cunhado dela.
As investigações começaram a partir de denúncias anônimas, que relataram que os celulares eram utilizados para o controle do tráfico de drogas fora da penitenciária, segundo o TJ.
Os celulares foram encontrados nas celas e os detentos confessaram o esquema. Segundo relatos dos envolvidos ao TJ, eles simulavam passar mal para serem levados à enfermaria, onde eram atendidos pela funcionária e ela entregava os aparelhos.
A auxiliar de enfermagem foi condenada a 6 anos e 8 meses de prisão, em regime inicial semiaberto, e ao pagamento de 57 dias-multa pelos crimes de corrupção passiva, lavagem e ocultação de bens.
De acordo com o relator do caso, o desembargador Gilberto Ferreira da Cruz, os documentos contendo dados bancários apontaram para um esquema organizado para o fornecimento de telefones celulares aos presidiários.
Fonte: G1