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A mãe de Carlos Henrique Santos do Carmo, de 7 anos, que morreu após ser torturado pelo padrasto, foi presa na noite de quinta-feira, dia 5 de agosto, em Avaré. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela Vara da Infância e Juventude local.
Informações obtidas pelo A Voz do Vale dão conta que equipes da Polícia Civil fizeram diversas diligencias pela cidade até encontrar a mulher, Sara Santos da Fonseca, de 29 anos. Ela não estava em casa e foi presa em outro bairro de Avaré. Ela vai passar por exame de corpo de delito e depois será encaminhada à cadeia de Pirajuí.
Já o padrasto Dione Teixeira dos Reis, de 28 anos, foi preso em flagrante logo após o crime, na quarta-feira (4), e teve a prisão convertida em preventiva. Ele será levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César.
Segundo a polícia, o crime aconteceu enquanto Carlos Henrique e o irmão, de 10 anos, passavam as férias escolares com a mãe e o padrasto, em Avaré.
O corpo de Carlos Henrique foi enterrado no Cemitério Municipal de Pardinho, onde morava com o pai. Durante o velório, o pai dos meninos pediu justiça e disse que sempre ligava para as crianças quando estavam na casa da mãe, mas que nunca teve conhecimento das agressões.
“Vai preso lá e solta a mãe? Injustiça isso. A lei no Brasil não presta para nada. Nada vai trazer meu filho de volta”, diz Tiago.
Segundo a Polícia Civil, o padrasto preso suspeito do crime usava fios elétricos e um balde com água para machucar o menino e o irmão dele.
À polícia, Dione negou o crime e disse que o menino se afogou com pão e leite no café da manhã. Já a mãe contou que não tinha conhecimento sobre as agressões sofridas pelos filhos e que estava trabalhando no momento do ocorrido. Inicialmente, ela tinha sido ouvida e liberada.