15/01/2020
Cerca de 100 pessoas participaram de um protesto, na tarde de quarta-feira, dia 15, no distrito de Irapê, em Chavantes.
O protesto foi organizado pelos moradores quando ficaram sabendo que o assassino confesso da Emanuelle, de 8, anos, seria enterrado no cemitério local.
Informações preliminares dão conta que Agnaldo se suicidou no CDP de Cerqueira César na madrugada desta quarta-feira.
A San TV transmitiu ao vivo o protesto. Durante a transmissão alguns moradores foram entrevistados e manifestaram o desejo que o assassino confesso não fosse sepultado no distrito.
A maior revolta é que a menina Emanuelle está sepultada no local e os moradores não aceitam que ele seja sepultado no cemitério.
Diante da revolta da população, familiares teriam solicitado que Agnaldo seja enterrado no cemitério de Cerqueira César, cidade onde ele teria tirado a própria vida.
O CRIME – Emanuelle, que estava desaparecida desde o final da tarde de sexta-feira (10), quando saiu para brincar em uma praça perto de sua casa, no bairro Três Cantos, foi encontrada na noite desta segunda-feira (13) em um canavial na Fazenda Santana Nova. Segundo a Polícia Civil, ela foi morta com 13 facadas.
Mais cedo, quando o nome de Agnaldo apareceu como suspeito, uma multidão cercou a residência dele e a polícia precisou intervir para que ele não fosse linchado. De acordo com a Polícia Civil, o lavrador chegou a participar das buscas por Emanuelle como voluntário, ao lado de amigos e familiares dela.
Em seu depoimento, contou que convenceu a criança a ir até a área rural dizendo que colheriam mangas para presentear a mãe dela. Ele afirma que levou a menina de bicicleta até um canavial entre Chavantes e Canitar, cometeu o crime e enterrou parte do corpo às margens de um córrego.
O suspeito disse, ainda, que decidiu matá-la após uma briga entre familiares dele e de Emanuelle. Segundo ele, a mãe da menina não permitia que ela brincasse com seu enteado. A Polícia Civil não acreditou nesta versão e trabalha com a hipótese de crime com motivação sexual.
Laudo preliminar não confirmou a conjunção carnal, mas um eventual crime sexual não foi, de fato, descartado. Outros exames são aguardados. O caso foi registrado como homicídio qualificado e ocultação de cadáver.