Mais um caso de suposto mau atendimento foi registrado no Pronto Socorro de Avaré. Segundo informações do Jornal A Bigorna, o caso já estaria sendo analisado pela Ouvidoria da Prefeitura Municipal. Em julho, um outro paciente também relatou problemas no setor de observação da unidade.
Em uma carta, um paciente conta o que teria ocorrido dentro do PS. Segundo ele, no dia 31 de julho teria sofrido uma agressão e precisou de atendimento na unidade. Ele destacou que uma das enfermeiras teria sido grosseira.
“No dia 31/07/2020 (sexta-feira) sofri uma agressão e acabei parando no Pronto-Socorro, inicialmente o diagnóstico médico constatou um corte no rosto e o nariz quebrado. No entanto, uma das enfermeiras que auxiliou o médico a fazer a sutura do corte, antes que o médico chegasse me disse a seguinte frase: Se apanhou é por que mereceu ou porque fez alguma coisa”.
Ele elogiou o atendimento médico do Pronto Socorro. “O médico que me atendeu, por outro lado, foi extremamente gentil comigo e muito atencioso, me disse que iria me enviar para Botucatu, pois em Avaré não temos Otorrinolaringologista e que eu deveria esperar lá até a ambulância ir me levar”.
Na carta, ele diz que uma das enfermeiras, após a medicação, teria dito para que o paciente fosse embora, contrariando uma orientação médica. “No entanto, quando fui tomar a injeção receitada pelo médico, ao término da aplicação, outra enfermeira me disse: “Vai embora, tá liberado”. Desse jeito, e sem qualquer respeito a mim, então eu avisei que o médico havia me dito para esperar, e ela com toda má-fé e vontade se dirigiu ao médico para dizer que eu deveria ir embora. Mas o médico bastante atencioso repreendeu a ela dizendo que eu seria mandado para a UNESP de Botucatu, e que como já havia me dito, era para eu aguardar até que uma ambulância ficasse disponível”.
GRAVIDADE – O paciente destaca ainda que na Unesp foram detectadas fraturas graves. “Ao chegar na UNESP tive um novo diagnóstico que apresentou que eu tinha fraturado o nariz, e também tinha tido duas fraturas no crânio, uma na parte superior e outra na parte inferior da orbita ocular, e no momento, estou aguardando para realizar uma cirurgia”.
“Agora, eu pergunto, e se eu tivesse confiado na enfermeira e ido embora do Pronto-Socorro de Avaré, com um caso que foi considerado como emergencial pelo próprio médico do nosso PS e depois reavaliado como caso cirúrgico na UNESP?”, questiona.
Ele lamentou o ocorrido. “Ela, enfermeira, não apenas quis estar acima da autoridade do médico que me atendeu, como também queria que eu fosse embora com fraturas graves, com um caso que eu terei que corrigir com cirurgia, e ela simplesmente queria que eu permanecesse com o nariz deformado para o resto da minha vida, e ainda tive que escutar de outra que eu simplesmente mereci o que aconteceu comigo. Se não fosse um médico convicto e super preparado, eu não sei o que seria de mim”.
O paciente acabou revelando o porquê de ter sofrido a agressão. “Aliás, se desejarem saber o motivo da briga foi que meu cunhado havia batido na minha irmã (que fraturou a costela), e meu pai um senhor de 76 anos com leucemia foi separar a briga, e ele (meu cunhado) agrediu meu pai, deixando o rosto dele cheio de hematomas. O que fiz foi para defender meu pai, e ainda tive que passar por essa humilhação”.
Esse é o segundo caso em menos de um mês em que é relatado mau atendimento no Pronto Socorro de Avaré. A Ouvidoria está analisando a denúncia.