Com votos apenas dos vereadores da base do prefeito Jô Silvestre, a Câmara de Avaré aprovou, durante sessão extraordinária realizada na sexta-feira, dia 16 de julho, o projeto de lei que concede o título de cidadão avareense ao radialista Rodivaldo Ripoli, que foi o primeiro vereador cassado da história da cidade.
Porém, segundo apurado pelo A Voz do Vale, a concessão do título deverá parar na justiça, pois afronta o artigo 28, parágrafo IX da Lei Orgânica do Município, que sobrepõe o Regimento Interno da Câmara.
O parágrafo IX destaca que: “conceder título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem a pessoas que reconhecidamente tenham prestado relevantes serviços ao município ou nele se destacado pela atuação exemplar na vida pública e particular, mediante decreto legislativo, aprovado pelo voto de, no mínimo, dois terços de seus membros”, ou seja, de 9 votos.
Informações dão conta que uma ação judicial deverá ser impetrada contestando as mudanças no Regimento Interno que confrontam com a Lei Orgânica do Município. Advogados ouvidos pela reportagem afirmam que a Lei Orgânica está acima ao Regimento Interno da Câmara.
Além de ser cassado, Ripoli foi repudiado pela Câmara em 2017, com o voto do vereador Flávio Zandoná, que hoje preside o legislativo.
Foram contrários a concessão do título os vereadores: Marcelo Ortega, Adalgisa Ward, Bel Dadário, Hidalgo Freitas, Tenente Carlos Wagner e Luiz Cláudio. Foram favoráveis, Leonardo Rípoli, filho do homenageado, Roberto Araújo, Magno Greguer, Carla Flores, Ana Paula e Jairinho do Paineras.
Coube a Zandoná desempatar e mesmo repudiando o radialista em 2017, ele acabou votando favorável a homenagem, fechando a votação em 7 a 6.