A Polícia Civil informou nesta quinta-feira, dia 26 de novembro, que tem duas linhas de investigação para determinar as causas do acidente que matou 41 pessoas em Taguaí: falha nos freios ou tentativa de ultrapassagem em local proibido.
As informações são de Camila Rosa Alves, delegada titular da Polícia Civil de Taquarituba, responsável pela investigação. Segundo a delegada, os envolvidos ainda não foram ouvidos formalmente.
“Os policiais se anteciparam e colheram as versões de forma informal. No local dos fatos era muito evidente que o ônibus havia invadido a contramão. O que causou isso é o que nós estamos querendo apurar e é o que vai levar a responsabilização criminal dessas mais de 40 mortes”, explicou a delegada.
HIPÓTESE DE FALHA NOS FREIOS – O motorista do ônibus alegou, de acordo com a delegada, que seguia na pista quando se deparou com um outro veículo, possivelmente um caminhão, que estava mais devagar.
Ao tentar diminuir a velocidade, percebeu que os freios do veículo não funcionavam e, para evitar uma colisão, invadiu a pista contrária. Neste momento, foi atingido pelo caminhão bitrem carregado com esterco.
A versão apresentada pelo motorista foi confirmada por um dos passageiros que sobreviveu ao acidente. Elian Marcos contou à TV TEM que avistou um caminhão na pista.
“Nosso ônibus estava indo e não sei se falhou o freio quando chegou perto desse que estava muito devagar. O motorista tirou [o veículo da pista] e nisso veio a carreta contra”, relata.
“Nós também conversamos com o motorista desse caminhão que estaria na frente do ônibus. Ele confirmou que estava em uma velocidade reduzida, disse que ouviu somente o barulho de frenagem e, seguida, já havia acontecido o acidente”, diz a delegada.
HIPÓTESE DE ULTRAPASSAGEM PROIBIDA – Já outra possível versão, colhida com base no relato do sobrevivente do caminhão, é de que o ônibus teria invadido a pista contrária durante uma ultrapassagem, e o caminhoneiro não teria conseguido frear a tempo, jogando o veículo na direção de uma propriedade rural no acostamento.
Com informações do G1