O prefeito de Fartura, Luciano Filé, usou a sua rede social na sexta-feira, dia 8 de outubro, para criticar o prefeito de Avaré, Jô Silvestre e o secretário da Saúde, Roslindo Wilson Machado. Ambos teriam afirmado que Avaré estaria arcando com todos os custos do Samu Regional, o que foi rebatido.
Filé chegou a dizer que Jô Silvestre teria dito inverdades sobre o Samu Regional. “Infelizmente, fomos surpreendidos com as inverdade ditas pelo prefeito de Avaré, a respeito do repasse dos municípios. Mais a união dos prefeitos, comprometidos com a saúde da população, garantirá a continuidade dos serviços. Se a gestão avareense não tem competência para gerir o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, nós temos e faremos acontecer”, disparou.
Segundo o prefeito de Fartura, uma reunião foi realizada com alguns municípios integrantes da Associação dos Municípios do Vale do Paranapanema (Amvapa), onde três cidades teriam mostrado interesse em sediar a nova base de regulamentação.
“A saúde da nossa população segue em foco e não poderíamos deixar de nos posicionarmos em relação à polêmica com o Samu regional, em pauta nos últimos dias. Em uma importante reunião com prefeitos de algumas cidades integrantes do Consórcio Amvapa (Associação dos Municípios do Vale do Paranapanema), diante das declarações polêmicas feitas pelo prefeito de Avaré e seu secretário de Saúde, as quais sugeriam que somente sua cidade arcava com os custos dos serviços, ficou decidido que o Samu terá uma nova base de regulamentação. Três prefeituras presentes, Itaí, Paranapanema e Taquarituba, se habilitaram para receber o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, decisão a ser formalizada em uma nova reunião entre integrantes do Consórcio”, postou o prefeito farturense.
Ainda segundo Luciano Filé, as cidades integrantes da Amvapa estavam em dia com os repasses do Samu, contrariando o que foi afirmado pelo secretário de saúde de Avaré. “Todos os envolvidos estavam em dia com suas obrigações e não poderíamos, em hipótese alguma, interromper a continuidade dos atendimentos”.
“Podem inventar, mentir e tirar o corpo fora. Nós trabalhamos com responsabilidade e faremos acontecer”, finalizou o prefeito de Fartura.
NOTA DA PREFEITURA – A nota da prefeitura sobre o cancelamento do serviço foi divulgada na quarta-feira (6), mas a proposta já havia sido anunciada pelo secretário de Saúde, Roslindo Machado, durante uma audiência pública no último dia 30.
De acordo com prefeitura, o Samu funciona por meio de um consórcio regional de municípios, e a central fica em Avaré. A administração municipal informou que o problema desse consórcio é o alto valor do serviço e a divisão desigual dos custos entre as cidades.
O município alegou ainda que não recebe recursos federais para manter o serviço e afirmou que os demais municípios consorciados pagam R$ 0,85 por habitante, enquanto Avaré paga R$ 3,70 por morador.
Segundo o prefeito Jô Silvestre, já foi feita uma proposta de divisão per capita para os municípios que integram o consórcio, mas eles não teriam aceitado.
De acordo com ele, se o valor do Samu fosse dividido igualmente, cada cidade teria que pagar R$ 1,50 por atendimento e não haveria a necessidade de Avaré arcar com toda a despesa do serviço.
Conforme a nota, a Prefeitura de Avaré gasta R$ 314 mil por mês, enquanto outras cidades do consórcio gastam R$ 580 mil por ano.
Apesar do anúncio, ainda não há data estabelecida para o fim das atividades do Samu na região. Além de Avaré, a base atende as cidades de Arandu, Barão de Antonina, Cerqueira César, Coronel Macedo, Fartura, Itaí, Itaporanga, Manduri, Paranapanema, Taguaí e Taquarituba.