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Na última semana, presidentes de entidades assistenciais da cidade foram convocados pela Prefeitura de Avaré, para assinar o convênio. Porém, quando chegaram ao local, os representantes das instituições foram informados que, pelo segundo ano consecutivo, não seria concedido reajuste nos repasses realizados em 2021.
Em entrevista concedida ao A Voz do Vale, o presidente do Lar São Vicente de Paulo, Leodegar Cruz, mais conhecido como Gai, lamentou o fato, falou dos impactos que a entidade sofrerá e revelou que acionará o Ministério Público do Estado.
“Já faz dois anos que a Prefeitura não reajusta os valores dos repasses do convênio e isso não é exclusividade do Lar São Vicente de Paulo, mas de todas as entidades assistenciais da cidade. Vou acionar a promotoria, pois estamos enfrentando com muitas dificuldades”, destacou.
O presidente disse ainda que os preços de remédios, materiais de limpeza e alimentação dobraram, além dos salários dos funcionários e de encargos trabalhistas que são pagos pela instituição.
“E tudo dobrou de preço. Salários dos funcionários, alimentação, remédios e ele (Jô Silvestre) não está nem aí com as entidades assistenciais da cidade. Os custos com energia, água, telefone também aumentaram muito de 2019 para 2021. Além de tudo isso, também os impostos tiveram reajustes”, disse.
Gai disse ainda que, com a pandemia, os custos com luvas e com produtos alimentícios. “Uma caixa de luvas a gente pagava R$ 17,50 e agora custa R$ 90,00 a caixa, onde a gente usa duas caixas por dia. O mesmo acontece com o litro de óleo, onde pagávamos R$ 2,70 e agora está em cerca de R$ 9,00. Os produtos de limpeza quase triplicaram”, revelou.
Ele revelou ainda que, com a pandemia, as doações diminuíram em cerca de 60%. O salão de festas, que gerava receitas com a locação, está fechado há cerca de 1 ano. “Com a pandemia nossos colaboradores também caiu 60%. Nosso salão de festas, que alugávamos todo mês, faz um ano que está fechado”.
RISCO DE FECHAR – O presidente do Lar São Vicente de Paulo disse que fará ações para arrecadar fundos e para conscientizar a população da importância da doação. Gai disse que sem a ajuda de todos, a entidade corre o risco de fechar. “Aí a gente tem que sair pedindo para população ajudar, se não temos que fechar o nosso lar”.
O presidente finalizou afirmando que todas as entidades assistenciais da cidade estariam passando dificuldades e que o executivo não estaria se importando. “Todas as entidades estão em dificuldades em Avaré. Ele (Jô Silvestre) não está nem aí”, finalizou.