A Associação Comercial Industrial e Agropecuária de Avaré (Acia) manifestou, nesta quarta-feira, dia 27 de janeiro, apoio ao protesto que será realizado nesta quinta-feira, dia 28 de janeiro, no município. Os empresários de vários seguimentos da cidade estão revoltados com o novo fechamento dos estabelecimentos, determinados pelo governo do Estado e acatado pelo prefeito Jô Silvestre.
O presidente da Acia, Cassio Jamil Ferreira, incentivou aos associados a participarem do movimento. “Gostaria de esclarecer que como o movimento é pacífico e sem conotação política, a ACIA manifesta seu total apoio ao movimento, incentivando os associados a participarem, pois como todos, estamos inconformados com o fechamento do comércio, pois temos a convicção de que o comércio aberto ajuda muito mais na contenção da disseminação do vírus do que estando fechado”.
Empresários do comércio em geral, bem como donos de Academias e de outros seguimentos já manifestaram que vão participar do protesto, bem como de alguns funcionários que correm o risco de perder o emprego devido ao fechamento do comércio.
O encontro será na frente do Paço Municipal e todos deverão sair às ruas em uma passeata que percorrerá a região central da cidade, seguindo os protocolos de distanciamento físico, para evitar aglomerações, e uso de máscaras.
O ato foi organizado por um grupo de comerciantes que se reuniu em um grupo de whatsapp. Segundo os organizadores, a mobilização, que contará com a participação de empresários de diversos segmentos do comércio, tem como objetivo principal pressionar a administração Municipal a reverter a decisão de fechamento.
O A Voz do Vale teve acesso a uma troca de mensagens, onde o prefeito Jô Silvestre destaca que não teria o que fazer e revelou que trabalhou por Márcio França na eleição estadual e destacou que a população preferiu ir na onda de “Bolsodoria”. “Eu compreendo, porém não tem o que eu possa fazer. Existe um decreto estadual e uma notificação do MP acompanhando. Infelizmente, por isso, na eleição trabalhei para o Márcio França. Sabia que nessas horas ele iria ser mais flexível. Infelizmente foram na onda do Bolsodoria, deu nisso”.
REGIÃO – Diversas cidades do interior paulista rebaixadas para a fase vermelha do Plano SP de combate à Covid-19 estão se recusando a adotar medidas mais restritivas, como Bauru, Piedade e Araçariguama.
Em Bauru, a prefeita Suéllen Rosim baixou um decreto permitindo que esses estabelecimentos funcionem por 10 horas diárias, de segunda à sábado, no máximo até às 20 horas. “A Prefeitura quer preservar a vida de todos e também manter de forma responsável as atividades econômicas e os empregos”, disse a prefeita.
Já em Avaré, o prefeito Jô Silvestre preferiu seguir as determinações do governador João Doria e determinou o fechamento do comércio, o que desagradou tanto empresários como dos trabalhadores que podem perder o emprego.