Em sessão extraordinária, que será realizada na sexta-feira, dia 16 de julho, a Câmara de Avaré irá colocar em votação o título de cidadão avareense a Rodivaldo Rípoli. O radialista, aliás, foi marcado na história de Avaré, como o primeiro vereador que foi cassado.
O título somente será concedido devido a uma manobra que ocorreu na mudança do Regimento Interno da Câmara. Antes da alteração, para que a honraria fosse concedida, era necessária a aprovação da maioria absoluta dos vereadores, ou seja, de 9 votos.
Porém, a mudança permitiu a aprovação de títulos de benemerência e cidadania apenas por maioria simples.
Além de cassado, Rípoli foi repudiado pela Câmara, inclusive pelo presidente do legislativo, vereador Flávio Zandoná, em 2017.
CASSADO – Em 2013, os vereadores de Avaré aprovaram a cassação do mandato do vereador Rodivaldo Ripoli. Ele foi acusado de quebra de decoro parlamentar.
A Comissão Processante que investigou a denúncia atuou por 90 dias. Os trabalhos começaram após Rípoli ter dito em um programa de rádio que comandava palavras consideradas preconceituosas.
A CP foi instaurada depois de uma denúncia protocolada na Câmara em abril de 2013, que acusada o então vereador de ter falado palavras consideradas preconceituosas em seu programa de rádio.
“O cara que fala que tem depressão e tem tudo na vida, isso é coisa de viado”, esta é a declaração que o vereador Rodivaldo Rípoli fez no início de 2013 na rádio.
O resultado foi a cassação do mandato de vereador de Rípoli na última semana. “O vereador foi convocado antes mesmo de a casa entrar em recesso, entretanto, ele não apareceu, tampouco nenhum dos advogados que o representava. Ele sumiu, tentamos de várias maneiras falar com ele. Foi até publicada no Diário Oficial a convocação dele para a audiência”, explica a presidente da Câmara dos vereadores de Avaré na época, Bruna Silvestre, que é a atual vice-prefeita.
Ripoli acabou sendo defendido por uma advogada indicada pela OAB, porém não conseguir convencer os vereadores a cassassem o mandato do então vereador.
Danilo Burini, presidente do Amigos em Defesa do Cidadão e da Criança (Adeca), foi o responsável por protocolar o pedido da comissão. Na época, Burini se disse satisfeito com o resultado da votação.