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Um caso chocante de maus-tratos animal em Avaré gerou revolta na população local. Na manhã deste sábado (18), um cachorro foi atropelado por um caminhão de coleta de lixo na Vila Operária e, em vez de ser socorrido, foi jogado na caçamba do veículo e amassado junto com o lixo.
De acordo com a tutora do animal, Evila Monteiro Munhoz, o fato aconteceu por volta das 8h na Rua João Gomes de Oliveira, em frente à Praça José Quartucci. Ela relata que seus animais costumam sair para passear pela manhã na praça, que fica em frente à sua casa, e que a rua estava tranquila no momento do acidente.
Evila acredita que sua cachorra tenha ido até a montanha de lixo que os coletores estavam reunindo para a coleta e que foi atropelada pelo caminhão. Ela afirma que os funcionários da coleta, ao invés de socorrerem o animal, o jogaram na caçamba e continuaram o trabalho normalmente.
“Diariamente meus animais saem pela manhã, pois tem uma praça na frente de casa e a rua estava bem tranquila. Eu acho que minha cachorra foi na montanha de lixo que eles juntam para a coleta e o caminhão passou por cima dela”, disse.
“Ao invés deles terem parado para ver quem era a tutora, perguntado pra vizinhança de quem era, eles jogaram dentro da caçamba e amassaram era junto com o lixo e saíram continuando o trabalho normalmente. Foi meu vizinho que alertou e eu fui atrás do caminhão para perguntar o porquê de eles fazerem isso”, relatou.
Um vizinho de Evila que presenciou a cena a alertou sobre o ocorrido e ela foi atrás do caminhão para questionar os coletores. Segundo a tutora, um dos funcionários inicialmente negou o atropelamento, mas o motorista, exaltado, acabou confessando o fato e alegando que o animal já estava morto e que não havia mais o que ser feito.
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A veterinária e protetora de animais, Paula Faria, que também é suplente de vereadora na Câmara Municipal de Avaré, acompanha o caso e acredita que a cachorra ainda estava viva quando foi jogada na caçamba do caminhão. Ela destaca que a tutora do animal fez um boletim de ocorrência e que agora busca justiça.
“Não se sabe ainda se a cachorra estava viva, mas pelo tipo de lesão, o animal ainda estava vivo e não foi socorrido e foi jogado na prensa do caminhão coletor e seguiram trabalhando normalmente. O fato gerou revolta da tutora e da população. Independente de tudo, é uma vida. Eu orientei a tutora a fazer um boletim de ocorrência e agora ela quer justiça”, destacou a profissional.
Paula também alerta para diversas leis municipais que foram feridas no caso, como a lei da lixeira, a lei que obriga o socorro a animal atropelado e a lei dos maus-tratos. Ela cobra que as autoridades investiguem o caso e que os responsáveis sejam punidos.
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“São várias leis municipais que foram feridas, como a da lixeira, onde o lixo estava todo espalhado pela rua. Também não foi seguida a lei que é de prestar socorro a animal atropelado, pelo contrário, o animal foi jogado na caçamba e continuaram o trabalho normalmente e tem também a lei dos maus-tratos, que também não foi respeitada. O que se pede é que tenha justiça nesse caso”, disse.
O caso gerou grande comoção na comunidade de Avaré e diversas pessoas se manifestaram nas redes sociais pedindo justiça para a cachorra. A população cobra que medidas sejam tomadas para evitar que casos como esse se repitam.
A Polícia Civil vai investigar o caso.