Os bloqueios de rodovias feitos por caminhoneiros, que protestam contra o resultado das urnas nas Eleições 2022, continuam sendo realizados em Avaré e em Cerqueira César nesta terça-feira, dia 1º de novembro.
Em Avaré o bloqueio ocorre na Rodovia João Mellão (SP-255), no trecho perto de um posto de combustíveis, próximo a Represa de Jurumirim.
Já em Cerqueira César a manifestação ocorre na Rodovia Salim Curiati (SP-245), no posto trevo. Os manifestantes bloquearam a pista com pneus e galhos de árvores nas pistas, em alguns pontos com fogo.
Em Paranapanema, manifestantes também bloquearam o trevo de acesso à cidade, em ambos sentidos, da Rodovia Raposo Tavares. Segundo a Defesa Civil do município, que auxilia a PM, o protesto já dura 12 horas. Até a conclusão desta reportagem, o bloqueio continuava na cidade.
Os atos são realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com o resultado do pleito de domingo (30). Alguns manifestantes pedem a volta da ditadura militar.
USO DA FORÇA – Em entrevista coletiva no final da manhã desta terça-feira (1º), o governador Rodrigo Garcia (PSDB), disse que a Polícia Militar atua nos protestos e não descartou o uso da força caso os manifestantes bolsonaristas insistam em permanecer nas vias.
“A partir de agora, nós vamos aplicar aquilo que determina a decisão judicial, iniciando com multas de R$ 100 mil por hora para cada veículo que esteja contribuindo com essa obstrução. A partir também daí fichando e, eventualmente, prendendo àqueles manifestantes que resistirem à desobstrução das vias e, se necessário, o emprego de força.”
Associações que representam policiais rodoviários federais afirmaram que o “silêncio” do presidente Jair Bolsonaro sobre a derrota nas eleições presidenciais de 2022 dificulta “a pacificação do país e contribui para estimular os bloqueios feitos por caminhoneiros em estradas do país”.
Em nota, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e os Sindicatos dos Policiais Rodoviários Federais de todo o Brasil defendem o respeito ao resultado das eleições, que deu a vitória ao petista Luiz Inácio Lula da Silva, e dizem que estão cobrando “postura firme” da direção da PRF para o desbloqueio das estradas.