O ex-prefeito de Avaré, Wagner Bruno (2001-2004), se manifestou sobre o grave problema das enchentes que o município vem enfrentando há anos, o que vem prejudicando diretamente a população, gerando grandes prejuízos.
Em nota enviada ao programa A Voz do Povo, da Rádio Cidadania FM (de segunda à sexta às 11h30) na quarta-feira, dia 9 de fevereiro, o ex-prefeito afirmou que várias teriam sido realizadas em seu governo.
“Conforme já divulgado, obras para combate as enchentes em Avaré tem o custo de dezenas de milhões de reais. Dinheiro que o município não dispõe para fazer frente a uma obra desse porte, a não ser com recursos de outras esferas de governo, principalmente da União, porém, mesmo assim sabemos que essa obra pode ser executada por etapas”.
Wagner Bruno afirma que algumas ações minimizaram o problema das enchentes entre 2001 e 2004. “Sabendo que enfrentaríamos logo de início o período de verão e as fortes chuvas, e ciente da falta de recursos financeiros, um dos primeiros atos de nosso governo, até mesmo antes de tomar posse, foi entrar em contato com a regional do DAEE (regional de Marília), intermediado por uma diretora técnica, uma avareense, para realizar convênio, para a cessão de uma máquina tipo “dragline”, nunca antes utilizada em Avaré, para a limpeza e desassoreamento de todos os córregos que cortam o perímetro urbano. Já nos primeiros dias do mês de janeiro, a máquina já estava em Avaré”.
“Foram realizados trabalhos de limpeza e desassoreamento do Ribeirão Lageado, córregos Água Branca, do Burrinho, São Luís, do Cortume e Pinheiro Machado. Limpeza manual de todas galerias, tubulações e bocas de lobo. Esse conjunto de ações, permitiu que nos quatro anos tivéssemos pouquíssimos pontos com acúmulo de água em épocas de chuva”, completou.
Ele pontuou outras ações que foram realizados em seu governo. “Realizamos uma obra, apesar de não estar em área de alagamentos ou enchentes, mas era considerada um ponto nevrálgico em cada época de chuvas pesadas, a cada chuva, a cada ano que se passava, as águas levavam todo o calçamento, abrindo crateras na pavimentação da rua Bahia, no bairro Alto. Quem não se lembra ? Executamos cerca de 800 metros de linha de tubulação, com galerias e bocas de lobo, com nova pavimentação, acabando de vez com aquele velho problema, que também contribuía para o assoreamento do Ribeirão Lageado”.
DENÚNCIAS INFUNDADAS – Wagner Bruno revelou que várias denúncias infundadas teriam sido feitas pelo munícipe Valdinei Muniz, que hoje faz parte do governo de Jô Silvestre, e que teria prejudicado que obras que resolveriam o problemas das enchentes em Avaré fossem realizadas.
“Mas como também tínhamos ciência de que algo maior precisava ser feito, realizamos um trabalho político e de bastidores, intermediado, além de mim, por nossos secretários José Mário Rosário e Silvano Porto Rodrigues, amigos empresários, e, pela primeira vez na história de Avaré, e certamente de muitas cidades da região, nossa cidade foi incluída numa emenda da “bancada paulista” na Câmara dos Deputados. Foi elaborado um grande projeto de macrodrenagem da cidade inteira, em que até o bairro do Bonsucesso seria inteiramente drenado. A concepção também apresentava a execução de três reservatórios de contenção (piscinões), dois pré linha férrea (Vila Jardim e Vila Martins III) nas nascentes dos córregos Água Branca e do Burrinho, e um pós linha férrea (Bairro Água Branca/Santana), no encontro dos mesmos córregos. Uma obra orçada à época em torno de R$ 65 milhões”.
“A Concorrência Pública chegou a ser aberta, visitas técnicas foram realizadas, inclusive com uma empresa vencedora. Avaré seria transformada em um grande “canteiro de obras”, certamente hoje seria uma outra Avaré, mas infelizmente, um tal de “Valdinei Muniz”, guardem bem esse nome, sempre acobertado pelo Joselyr pai, e também comissionado no início do governo do atual “prefeito locutor peão”, fez duas denúncias vazias e infundadas, uma no Ministério da Integração Nacional, e outra na Procuradoria Geral da República. Ambos órgãos não poderiam fazer outra coisa a não ser abrir investigação, e ao final de dois anos ambas denúncias foram arquivadas por falta de provas; porém, o certame que teve inclusive vencedor, só não foi adjudicado por conta destas denúncias infundadas. Infelizmente quem perdeu foi Avaré, pois a concorrência teve que ser cancelada. Perdemos uma grande oportunidade de acabar definitivamente com as enchentes em nossa cidade. Os projetos que dizem existir, são de nossa época. Se alguém quiser tenho todos documentos pra comprovar”, finalizou.