Faixas foram colocadas na entrada do Instituto Federal, câmpus de Avaré, aderindo a manifestação, realizada na quarta-feira, dia 16 de agosto, contra medidas da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) na educação e pedindo a saída do secretário da pasta, Renato Feder.
Faixas foram colocadas nas grades do Instituto Federal de Avaré pedindo a saída do secretário Renato Feder. “Avaré pelo #revoganem. Fora Feder”. Em outra faixa, os manifestantes afirmam que Tarcísio será inimigo da educação. “Tarcísio inimigo da educação”.
Um ato organizado pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), foi realizado na capital paulista e contou com a participação de outras entidades, como representantes de ensino técnico e de estudantes. Por volta de 200 a 300 manifestantes se reuniram em frente à sede da Secretaria da Educação do Estado, segundo estimativa da reportagem.
O sindicato pediu aos participantes que levassem livros à manifestação, já que o mote do ato era protestar contra a decisão do governo paulista de não aderir ao PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) e produzir material pedagógico próprio. Além disso, também há críticas sobre o plano, já descartado, de usar apenas material de ensino digital.
Além disso, os manifestantes protestam contra determinação do governo, publicada no fim de julho, para que diretores passassem a observar aulas e produzir relatórios para as diretorias regionais de ensino.
“O Feder tem que cair”, afirmou a primeira-secretária do sindicato, Zenaide Honório. “É preciso ter mais compromisso com a escola e menos com interesses econômicos.”
Entre coros e placas de “livros, sim, Feder, não”, alguns participantes exibiam livros como “Salvar o Fogo”, obra mais recente de Itamar Vieira Junior, e “Sobrevivendo no inferno”, dos Racionais MCs, além de livros didáticos.
Segunda-presidenta da Apeoesp e presidente da comissão de educação da Alesp, a deputada Professora Bebel (PT) chamou a obrigação de fazer as APD na escola de inaceitável. “Essa sucessão de problemas que enfrentamos na escola pública é inaceitável, desde a forma de atribuição de aulas por jornada.”
Manifestantes cobraram que o sindicato convoque assembleia para votar greve em protesto contra a gestão Tarcísio na educação.
A manifestação acontece em meio a críticas contra gestão de Feder à frente da pasta de educação em São Paulo. Episódios recentes começaram a partir da decisão de utilizar nas escolas só livros didáticos digitais, e não mais os impressos, assim como a de não participar do PNLD, que compra livros para as escolas com verba do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do MEC (Ministério da Educação).
Outra polêmica foi quando professores e alunos da rede estadual de ensino de São Paulo tiveram um aplicativo da Secretaria de Educação, o Minha Escola SP, instalado sem autorização em seus celulares.