Os servidores do campus do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) de Avaré e Itapetininga aderiram à greve nacional e paralisaram as atividades.
Em Avaré as atividades foram suspensas desde o dia 3 de abril. Os funcionários reivindicam reajuste salarial, reestruturação das carreiras, entre outras.
Na segunda-feira, dia 8, professores saíram em passeata do IFSP, no Jardim Europa, e se dirigiram até o Largo São João, onde realizaram uma manifestação pacífica.
Na terça (9) foi realizada a 2° assembleia geral do IFSP campus Avaré com a presença dos servidores docentes e técnicos administrativos do campus, eles decidiram por ampla maioria de votos a manutenção do campus ao movimento grevista.
“Ao final do encontro, deliberou-se que nova assembleia será realizada dia 17/04/2024 às 15h no auditório Diogo Sant’ana. A pauta das reivindicações continua sendo a mesma do movimento nacional”, diz o comunicado do Comitê de Greve IFSP Campus Avaré
Entre as reivindicações dos funcionários estão: Reestruturação das carreiras; Recomposição salarial; Revogação de normas relacionadas à educação que foram aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022), como o novo ensino médio e; Reforço no orçamento das instituições de ensino e reajuste imediato de auxílios estudantis.
O QUE DIZ O GOVERNO – O Ministério da Gestão afirma que viabilizou, em 2023, um reajuste linear de 9% no salário dos servidores e de 43,6% no auxílio-alimentação. Segundo a pasta, foi o primeiro acordo firmado com as categorias nos últimos 8 anos.
Para 2024, o governo diz que apresentou uma proposta de:
- elevar o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil;
- aumentar 51% dos recursos de assistência à saúde;
- subir o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 489,90.
Esses itens estão sendo debatidos com as entidades educacionais em mesas específicas, segundo o que o Ministério da Gestão disse ao g1. Um relatório final com o plano de reestruturação das carreiras será apresentado em 27 de março à ministra Esther Dweck.
O Sisasefe (sindicato nacional que representa os servidores) confirma que o diálogo dos sindicatos com o governo federal começou em junho de 2023, mas “o governo não mostrou um atendimento compatível às demandas da categoria até o momento”.
“A partir da reunião de 18/12/2023, os servidores federais da Educação Profissional, Científica e Tecnológica passaram a debater a possibilidade de construir uma greve — a qual foi aprovada em 27/03 com deflagração para 03/04”, afirma a entidade de trabalhadores.