Em julho de 2013, ou seja, há 8 anos, o radialista Rodivaldo Rípoli entrava para a história como o primeiro vereador cassado de Avaré, devido à quebra de decoro parlamentar, após proferir uma frase que foi considerada homofóbica em um programa de rádio.
A Comissão Processante que investigou a denúncia atuou por 90 dias. Os trabalhos começaram após Rípoli ter dito em um programa de rádio que comandava palavras consideradas preconceituosas.
A sessão que decidiu pela cassação durou aproximadamente 11 horas. O advogado que representava o vereador não compareceu e a defesa foi feita por uma advogada convocada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Vera Cristina Fernandes.
Na tentativa de absolver Rípoli, a advogada falou sobre possíveis irregularidades na investigação da Comissão Processante. Um dos argumentos utilizados pela advogada de defesa foi sobre supostos casos de quebra de decoro parlamentar praticados por outros vereadores.
Durante a sessão, os vereadores Júlio César Theodoro, Tucão e Carlos Alberto Estati entraram com mandado de segurança para suspender a reunião, mas foi negado pelo juiz. Os dois foram os únicos que votaram contra a cassação.
Foram a favor da cassação os vereadores: Roberto Araújo, Bruna Silvestre (atual vice-prefeita), Ditinho da Farmácia, Ernesto Albuquerque, Laids Baiano, Denílson Ziroldo, Edinho da Farmácia, Barreto do Mercado, Marcelo Ortega, Rosângela Paulucci e Marcelo Chebra.
Em entrevista concedida na época, Rodivaldo Rípoli disse que considerava a cassação um ato de covardia. “Obviamente tinha algum interesse com a minha saída. Eu era o presidente Comissão de Inquérito que investigava o desvio de dinheiro público do atual prefeito, Poio Novaes. Fui cassado de forma covarde.”, diz.
A CP foi instaurada depois de uma denúncia protocolada na Câmara em abril de 2013, que acusada o então vereador de ter falado palavras consideradas preconceituosas em seu programa de rádio.
Danilo Burini, presidente do Amigos em Defesa do Cidadão e da Criança (Adeca), foi o responsável por protocolar o pedido da comissão. Ele se diz satisfeito com o resultado da votação.
TÍTULO DE CIDADÃO – Após uma manobra alterando o Regimento Interno, a Câmara de Avaré acabou aprovando, em junho de 2021, por maioria dos votos, o título de cidadão avareense para Rodivaldo Rípoli, porém o caso deverá parar na Justiça, já que a Lei Orgânica do Município determina que a homenagem seja concedida com aprovação absoluta do legislativo, ou seja, por 9 votos.
Somente os 7 vereadores da base de Jô Silvestre votaram pela concessão do título à Ripoli, o que, para a Lei Orgânica, não é o suficiente.