Carlos Henrique, de 7 anos, que foi morto na quarta-feira, dia 4 de agosto, após ser torturado pelo padrasto, de 28 anos, foi sepultado na manhã de quinta-feira, dia 5 de agosto, no Cemitério Municipal de Pardinho, cidade onde mora o pai. O enterro foi realizado sob forte comoção de familiares e da população em geral.
O crime ocorreu na residência da mãe, na Vila Esperança. Segundo a Polícia Militar, uma equipe estava em patrulhamento pelo bairro quando encontrou o menino caído próximo à casa onde morava com o padrasto, enquanto uma vizinha tentava reanimá-lo.
“Os levantamentos que nós fizemos até esse momento foi que, diante da tortura que esse menino estava sofrendo, ele conseguiu ir até a rua para pedir socorro diante do padrasto. E na rua ele recebeu os primeiros socorros. Segundo o padrasto, ele mesmo teria feito reanimação no menino. Neste momento, a viatura da PM estava passando e foi ao auxílio do menor”, relata Torossian.
A criança foi socorrida para o hospital, mas a PM informou que ele já deu entrada morto na unidade. No local, os médicos constataram que o menino tinha muitos machucados pelo corpo, inclusive nas partes íntimas, e o irmão dele, de 10 anos, contou aos policiais que o padrasto os torturava com choques elétricos.
“Diante da grande quantidade de hematomas pelo corpo todo, levantou-se a suspeita de algo mais grave. Além dessa menor vítima, tinha o irmão dela. Ao questioná-lo, ele confessou que, nesta manhã, o padrasto tinha torturado as crianças, principalmente o menor que veio a óbito”, continua o delegado.
Segundo a Polícia Militar, o menino de 10 anos estava com os dois olhos roxos, queimaduras de cigarro e muitos hematomas. Ele foi levado ao hospital, passou por atendimento e foi ouvido pela polícia com o apoio do Conselho Tutelar. Depois, ficou sob os cuidados do pai.