Na última terça-feira (16), a auxiliar de desenvolvimento infantil (ADI) Ana Carla utilizou a Tribuna Livre na Câmara Municipal de Avaré para denunciar a precária situação da educação nos Centros de Educação Infantil (CEIs) da cidade. Em um discurso contundente, ela comparou a qualidade do ensino à situação das ruas de Avaré, repletas de “buracos com remendos paliativos”.
Ana Carla revelou que os funcionários dos CEIs teriam sido orientados a levar papel higiênico de casa, tamanha a falta de recursos básicos nas unidades. Além disso, ela expôs diversos problemas estruturais, como rachaduras nas paredes, reboco caindo do teto e tacos do piso soltando.
“Essa semana ficamos sabemos que teremos que levar papel higiênico da nossa casa. A estrutura das unidades não está boa. Tem creche que está com rachaduras nas paredes que a gente consegue enxergar do outro lado. Tem creche que está caindo o reboco do teto e tem creche que os tacos do piso soltando”, disse.
Para a ADI, a qualidade da educação infantil em Avaré precisa ser urgentemente repensada. Ela criticou a posição 556 do município no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) entre as 645 cidades do estado, destacando que a primeiríssima infância é parte fundamental da educação básica e não deve ser considerada como um serviço assistencial.
“Creche faz parte do ensino básico. A nossa cidade não é pobrezinha e nem pequenininha, mas mesmo assim a gente vê que as coisas não caminham”, afirmou Ana Carla. Ela ainda criticou a postura de alguns gestores que “minimizam a importância da primeiríssima infância no desenvolvimento de uma criança”.
A denúncia de Ana Carla ecoa as preocupações de muitos pais e profissionais da educação em Avaré. “Acho que vale repensar a questão da qualidade do ensino de Avaré e se comprometer e ser mais sensível”, finalizou.