O Ministério Público pediu explicações para a Diretoria Regional de Saúde de Bauru (DRS), da qual Avaré faz parte, para entender como os recursos médicos hospitalares estão sendo usados para o atendimento de pacientes com Covid-19. O MP também questiona a Prefeitura de Avaré sobre a mesma situação.
O questionamento vem depois que a Santa Casa de Avaré anunciou que não vai mais receber pacientes encaminhados pela Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), na sexta-feira, dia 6 de maio.
Após pedido do MP de informações sobre os gastos com a Covid-19, diversos munícipes vem pedindo que a Câmara Municipal instaure uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os gastos da Prefeitura Municipal com o coronavírus.
Para que seja instaurada uma CPI, são necessários apenas 4 assinaturas, sendo que o legislativo conta com 6 vereadores da oposição, sendo que não é necessária uma votação para a abertura da investigação.
Vários gastos vem chamando a atenção da população, como em locação de banheiros químicos, tendas, gradil, gasolina e com seguranças no Velório e no Cemitério Municipal. Para alguns munícipes, os gastos são seriam prioridades e os valores deveriam ser destinados na compra de medicamentos, como sedação, entre outros, necessários para o tratamento da Covid-19.
Segundo o Portal da Transparência, em 2020, a Prefeitura teria utilizado cerca de R$ 8,4 milhões em 9 meses e, em 4 meses de 2021, R$ 8,1 milhões, totalizando cerca de R$ 16,5 milhões com a pandemia na cidade.
O que vem chamando a atenção é o alto valor gasto sem que haja medidas efetivas para o combate e prevenção ao coronavírus como, por exemplo, a instalação pelo município de um Hospital de Campanha na cidade, já que a Santa Casa não tem mais condições de receber novos pacientes.
Durante o programa Cidadania Notícias, da Rádio Cidadania FM (104,9), os ouvintes disseram que aguardam um posicionamento dos vereadores já na sessão ordinária de segunda-feira, dia 10 de maio.