A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da pasta da Comunicação, encaminhou ao A Voz do Vale nesta segunda-feira, dia 25 de janeiro, a nota sobre questionamentos do jornal referente a denúncia de “fura-fila” da vacinação contra o coronavírus, em Avaré.
O setor de saúde defendeu a aplicação da vacina em uma funcionária que trabalha no setor administrativo do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Avaré.
Segundo a pasta, apesar da servidora atuar na administração, ela também estaria fazendo transferências de pacientes acometidos pela Covid-19. “A pasta esclarece ainda que a enfermeira que recebeu a dose no SAMU, embora atue no administrativo, frequentemente é deslocada para a transferência de pacientes com Covid-19, se enquadrando, portanto, na condição de profissional de saúde na linha de frente no combate à doença”.
Sobre denúncias de diretores da Santa Casa que também teriam furado a fila, a Secretaria de Saúde informou que a vacinação é conduzida pelo própria instituição, revelando não ter o controle sobre quem está, realmente, recebendo a vacina.
“A Secretaria Municipal da Saúde esclarece que a vacinação contra a Covid-19 entre funcionários da Santa Casa de Misericórdia é conduzida pela própria entidade. A direção do hospital tem total ciência dos grupos prioritários. Portanto, o questionamento sobre eventual ingerência deve ser direcionado à própria direção da Santa Casa”.
A reportagem tentou contato com a direção da Santa Casa, porém, até publicação da matéria, ninguém foi localizado para falar sobre o assunto.
ENTENDA – Desde o início da vacinação em Avaré vem surgindo denúncias sobre pessoas que estariam furando a fila da vacina contra o coronavírus. Algumas pessoas teriam encontrado meios de passar na frente de quem mais precisa se proteger da doença.
Informações dão conta que, no Samu, uma servidora que não está na linha de frente foi beneficiada com a vacina. A funcionária seria responsável pela parte administrativa e de regulação e não está entre os profissionais da saúde prioritários nesta 1ª etapa de vacinação. Neste primeiro momento, somente profissionais da saúde que atuam diretamente na linha de frente do coronavírus, bem como indígenas fazem parte do grupo prioritário para receber a vacina.
Outra denúncia aponta que o caso teria ocorrido na Santa Casa, possivelmente sem o conhecimento da provedoria. Munícipes vem postagem diversas mensagens repudiando o fato.
SEM SEGUNDA DOSE – No Estado de Amazonas, quem furou a fila dos grupos prioritários para receber a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus não terá direito à aplicação da segunda dose até que chegue a sua vez, conforme cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde.
É o que determinou a juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal no Amazonas, em ação na qual critica todas as pessoas que se valeram de privilégios para serem imunizadas antes. Segundo a juíza, quem tomou a primeira dose da vacina indevidamente e quiser tomar a segunda pode “ficar sujeito à prisão em flagrante delito em caso de insistirem no ilícito”.