Durante a sessão da Câmara Municipal na terça-feira (16), o vereador Hidalgo Freitas (PSD) trouxe à tona um impasse preocupante: a falta de um projeto executivo para minimizar o problema das enchentes em Avaré.
A revelação, baseada em um ofício de 2022 da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado, expõe a omissão da Prefeitura em buscar soluções para um problema que afeta diretamente a vida da população.
O ofício, obtido por meio de uma indicação do deputado estadual Gil Diniz, revela que a Prefeitura, em julho de 2022, alegou não ter recursos para elaborar o projeto executivo, mesmo diante da urgência da situação.
Diante da indisponibilidade municipal, a Unidade de Serviços e Obras de Piraju se propôs a auxiliar, mas a Prefeitura não teria apresentado o orçamento necessário para dar andamento à iniciativa.
“É inaceitável que a Prefeitura, tendo profissionais e recursos, alegue falta de dinheiro para um projeto tão crucial. É um descaso com a população que sofre com as enchentes ano após ano”, questionou o vereador Hidalgo Freitas.
Na busca por alternativas, a Unidade de Obras de Piraju localizou um anteprojeto elaborado em 1999 pelo DAEE. O documento, entregue ao município na época, detalha as ações necessárias para conter as inundações na área central de Avaré.
No entanto, a Prefeitura ainda não apresentou o orçamento necessário para a contratação do projeto executivo com base no anteprojeto, o que impede a busca por recursos pelo DAEE. “O município não tem dinheiro para apresentar um projeto? O secretário municipal de Obras de Avaré, em julho de 2022, disse que não tinha dinheiro para elaborar um projeto executivo para minimizar os problemas de enchentes de Avaré. A Prefeitura tem profissionais competentes para isso, tem recurso para isso e vem informar o Estado, quando mais se precisa de informação, que não tem dinheiro. Não tem dinheiro para fazer um projeto, mas pra outras coisas tem”.
“Quero saber qual o motivo do projeto não ter sido realizado pelo município, tendo em vista que conta com profissionais e recursos financeiros pra realização do projeto. Ninguém tinha conhecimento desse ofício. Se o município não tem dinheiro, quem vai ter?”, finalizou.