A sessão ordinária da Câmara de Avaré, realizada na segunda-feira, dia 23 de agosto, foi tumultuada e marcada por uma ação não regimental por parte do presidente do legislativo, vereador Flávio Zandoná.
Mesmo não constando na ordem do dia, Zandoná autorizou que o secretário de Administração, Ronaldo Guardiano participasse da sessão, o que teria afrontado o Regimento Interno do legislativo, já que a participação do secretário teria que ser previamente agendada.
O fato irritou os 6 vereadores da oposição: Adalgisa Ward (PSD), Marcelo Ortega (Podemos), Tenente Carlos Wagner (PSD), Luiz Cláudio (PSD), Hidalgo Freitas (PSD) e Isabel Dadário (PSL), que deixaram a sessão.
Antes de deixar o plenário, o líder da bancada do PSD, vereador Tenente Carlos Wagner, discordou da participação do secretário, já que, segundo Zandoná, não haveria questionamentos, sendo que somente Guardiano iria se pronunciar.
Wagner, solicitou que o secretário fosse convocada para a sessão do dia 30 de agosto, ou seja, na próxima segunda-feira, o que não foi acatado pela Mesa Diretora.
Já o vereador Marcelo Ortega destacou que caso o secretário usasse a palavra, iria abrir um precedente perigoso. “Isso não existe, é antirregimental. Tem que convocar o secretário para vir aqui e responder perguntas”.
Ortega acabou sendo interrompido por Zandoná que afirmou que colocaria em votação a participação de Guardiano na sessão, cortou o microfone do vereador e o clima esquentou.
Zandoná então, autorizou a participação do secretário de Administração e o vereador Carlos Wagner se irritou com a situação, que ele chamou de vergonha.
Neste momento, os 6 vereadores da oposição se levantaram e deixaram o plenário sob aplausos de algumas pessoas que acompanharam a sessão.
Desde o início de 2021, a postura de Zandoná tem sido classificada, por alguns, como autoritária e antidemocrática.