Segundo informações apuradas com exclusividade pelo A Voz do Vale, a decisão de Avaré deixar de fazer parte do Samu Regional estaria relacionada a suspensão do repasse de quase R$ 600 mil determinada pelo Ministério da Saúde. A interrupção do repasse foi assinada pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
A reportagem teve acesso a Portaria nº 274, por meio do parecer técnico nº 97/2021, da Coordenação-Geral de Urgência, na qual destaca que Avaré não atendeu aos requisitos exigidos na Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017.
O Ministério da Saúde encontrou inconsistências no Relatório Descritivo Analítico referente ao período de setembro de 2019 a janeiro de 2020 conforme descrito no Parecer Técnico nº 97/2021, da Coordenação-Geral de Urgência.
Diante das inconsistências encontradas, o Ministério da Saúde determinou a suspensão do recurso financeiro destinado ao incentivo de custeio mensal de habilitação e qualificação da Unidade de Suporte Avançado (USA) destinada ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) do Município de Avaré.
O valor total que foi suspenso é de R$ 578.652,00.
Durante audiência pública realizada na quinta-feira, dia 30 de setembro, o secretário de saúde, Roslindo Machado, revelou que Avaré vai deixar de fazer parte do Serviço de Atendimento Médico de Urgência – Samu Regional.
Roslindo revelou que encaminhou um ofício comunicando o Ministério da Saúde a decisão do município deixar o Samu Regional. “Sei que isso vai dar um falatório, mas nós estamos nos desligando do Samu Regional. Já encaminhei um ofício ao Ministério da Saúde dizendo que Avaré não tem interesse em participar do Samu Regional”.
Ainda na audiência, o secretário disse que a Prefeitura teria um gasto mensal de R$ 450 mil, sendo que R$ 240 mil seria somente com gastos de Avaré.