O vereador Hidalgo Freitas (PSD) se mostrou indignado durante a sessão da Câmara de Avare que foi realizada na segunda-feira, dia 26 de setembro. Segundo o parlamentar, o legislativo teria omitido, em um documento, as assinaturas dos 6 vereadores da oposição em uma homenagem feita a uma funcionária pública.
A Moção de Aplausos a funcionária Ateneia Ferreira foi aprovada no dia 5 de setembro, por unanimidade, ou seja, com o voto de todos os vereadores, o que inclui os 6 oposicionistas.
“Foi encaminhado uma Moção de Aplausos que foi aprovada nessa Casa para uma funcionária, mas para a nossa surpresa ao ser postado em uma rede social, a Moção foi entregue somente com a assinatura dos 7 vereadores da situação, sendo que a Moção foi assinada por todos os vereadores. Porque foi encaminhado só que as assinaturas dos 7 vereadores da situação?”, questionou.
“Foi aprovado por unanimidade e ai encaminha ao homenageado a Moção assinada pelos 7 vereadores da base, como os outros 6 não valessem nada, que estão aqui somente fazendo número. Foi a primeira vez que isso aconteceu ou já é constante essa forma de trabalhar? De fazer política?”, completou.
A indignação foi tanta, que o vereador Hidalgo questionou se a Câmara era uma Casa de Leis ou um circo. “Isso aqui é uma Casa de Leis e não um circo. Ou a gente age na legalidade ou fecha a porta. Quiseram dizer que 6 são ruins e 7 são bons?”.
Ele pediu que o presidente da Casa, vereador Flávio Zandoná, reveja a situação. “Peço ao presidente possa rever o que aconteceu, porque não é justo todos nós aprovarmos por unanimidade e ser encaminhado somente com a assinatura de 7 vereadores. Isso é um absurdo e uma falta de respeito com os vereadores de oposição”.
MAIS POLÊMICA – Ainda durante a palavra livre, Hidalgo Freitas criticou os vereadores da base do prefeito Jô Silvestre que teriam votado uma lei que revogou o Calendário Oficial de Eventos do Município.
“Apesar que nessa Casa muita coisa que é aprovada, ninguém sabe o que está aprovando. Foi aprovado, pela maioria, a Lei 2695/2022, que foi rejeitada pena minoria (oposição). Essa lei excluiu o Calendário Oficial do Município e acabou excluindo diversas datas, como a Semana do Brincar, que foi protocolada pelo vereador Flávio Zandoná, que foi um pedido da professora do Instituto Federal. Aprovamos nessa Casa de Leis e os vereadores da situação aprovaram uma lei que revogou a lei aprovada”, disse.
O vereador citou algumas leis que acabaram sendo revogadas. “Várias leis acabaram sendo revogadas, como de proteção aos animais da Adalgisa, também o de Combate à discriminação racial, da semana de línguas e sinais, incentivo a pratica de atividades físicas, da conscientização e acessibilidade, homenagem e gratidão aos professionais da saúde na linha de frente contra a Covid, entre outras. Acredito que vocês nem leram essa lei para aprovarem”.
Ele pediu atenção aos vereadores da base sobre os projetos que são votados nas sessões legislativas. “São revogadas leis importantes que podem ajudar a população. Vamos se atentar aos projetos que são votados nessa Casa”.