Alguns munícipes compareceram na frente da Câmara Municipal de Avaré na tarde de segunda-feira, dia 28 de junho, e fixaram cartazes pedindo a saída do vereador Flávio Zandoná do legislativo.
A insatisfação vem desde quando Zandoná se aliou a administração de Jô Silvestre, após passar 4 anos criticando duramente o atual prefeito, chegando a pedir pra que o chefe do executivo comesse um tijolo.
Durante a sessão, Zandoná chegou a criticar a manifestação, dizendo que ele não tomaria as decisões da Mesa Diretora sozinho e que o manifesto seria político.
Desde o início do novo mandato, o presidente da Casa de Leis vem sendo voto decisivo em favor da atual administração em diversos momentos.
CRÍTICAS – Antes como oposicionista, durante a sessão legislativa do dia 3 de dezembro de 2018, Zandoná chegou a fazer um desafio ao prefeito, Jô Silvestre. O parlamentar apresentou na tribuna um tijolo para que fosse ingerido pelo chefe do executivo.
Em seu pronunciamento, Zandoná reproduziu uma entrevista de Silvestre em uma rádio da cidade, em que o prefeito afirmava que os vereadores de oposição nunca conquistaram recursos para Avaré e que comeria um tijolo.
Durante sua fala, Zandoná apresentou emendas conquistadas pelo seu partido, na época o PSC, incluindo uma foto em que Silvestre aparece, ao lado de Zandoná e do vereador Cabo Sérgio, em São Paulo, durante assinatura de um convênio.
Em seu desafio Flávio disse ainda que o prefeito também poderia comer o pneu, da ambulância conquistada com recursos dos vereadores, ou parte de aparelhos enviados à Santa Casa.
Já no dia 26 de novembro de 2018, Zandoná disse que teria vergonha de defender o governo de Jô Silvestre e disse que estaria no lado certo, que é o da oposição. “Defender (o governo) da forma que está é muito difícil. Então, eu vejo aqui, que graças a Deus estou no lado certo”, disse.
O desafio também recebeu referências nas falas de Ernesto Albuquerque e Sérgio Fernandez. Toninho da Lorsa, Presidente da Câmara, levou ao plenário um vinagre “para temperar o tijolo e reproduziu uma lista de conquistas.
Já em março de 2020, o vereador Flávio Zandoná voltou a criticar o prefeito. Ele questionou se Jô Silvestre estaria sentindo o peso do ano eleitoral e lembrou dos três anos de perseguições a funcionários. “Passou três anos de perseguição, desvalorização do funcionalismo público e agora, no ano eleitoral começa a querer agradar os funcionários? …Então senhor prefeito, não adianta no último ano, principalmente no ano eleitoral o senhor querer passar a mão na cabeça e nos três anos, pisoteando no funcionalismo público. É lamentável tudo isso”, disse.
A mudança de postura de Zandoná vem gerando críticas diárias de grande parte da população.