Diante da decisão da Comissão de Ética, o Cidadania notificou a ex-presidente do partido, Isabel Cardoso, da sua expulsão da legenda. No comunicado, na qual o A Voz do Vale teve acesso, o presidente do partido, Gerson Cardoso, cita a “traição” como um dos principais motivos.
No documento, a direção do Cidadania destaca que Isabel Cardoso teria feito vários atos contrários ao estatuto do partido e utilizando de fatos em benefício próprio. “Como é notório durante sua presidência junto ao partido Cidadania, a senhora praticou diversos atos contrários ao estatuto do partido, tendo inclusive, essas práticas realizadas em benefício próprio”.
O partido cita ainda que a ex-presidente teria feito reuniões secretas, sem o conhecimento dos demais membros do partido. “Sem anuência e comunicação do diretório e dos membros filiados, a senhora praticou reuniões às escondidas e acordos foram realizados. A sua atitude como é de conhecimento público, é vista como traição ao Partido Cidadania, que promoveu seu nome junto ao membros do partido e cidadãos avareense no pressuposto de que soubesse honrar a história do Partido e sua coerência política”.
A direção do Cidadania destaca ainda que Isabel Cardoso teria desrespeitado o partido. “Diante do reiterado desrespeito às decisões tomadas e, agora, de uma afronta pública e premeditada ao Cidadania, o novo diretório, através do presente comunicado, instaura um processo disciplinar contra Isabel Cardoso, considerando-a expulsa do Partido Cidadania e consequentemente desautorizando-a a falar em nome do Cidadania”.
O documento ainda faz valer o direito de defesa da ex-presidente, porém sem efeito suspensivo da decisão de expulsão. “Se for de seu interesse, poderá se valer do direito de defesa, previsto na legislação eleitoral, junto a Comissão de Ética do partido Cidadania, sem efeito suspensivo, conforme nosso estatuto”.
ZANDONÁ – Em entrevista concedida nesta semana, o presidente do Cidadania, Gelson Fiuza afirmou que o vereador Flávio Zandoná terá que seguir as orientações do partido. “O vereador Flávio Zandoná tem que seguir o que foi estabelecido antes das eleições, pois estávamos apoiando um determinado grupo, e esse apoio foi feito oficialmente e o Cidadania não é contra por ser contra, mas de ser a favor do que é bom para o município, da gente apoiar um plano de governo e não, o que acontece hoje, um plano de poder”.
O presidente revelou ainda que o Cidadania é contra as atitudes que vem sendo tomadas na Câmara Municipal, principalmente pelo vereador Flávio Zandoná. “Somos contrários a tudo que vem ocorrendo hoje e o presidente da Câmara, que hoje pertence ao Cidadania. Ele vai ser orientado agora antes das votações a seguir as orientações que o diretório orientar ele, sob pena de ser advertido e, por meio das advertências, através da Justiça, seja substituído pelo segundo candidato mais votado do nosso partido”.
Fiuza disse que o mérito da eleição de Zandoná não seria somente dele, mas também dos demais membros que concorreram na eleição de 2020. “O vereador Flávio Zandoná não foi eleito somente com os votos dele, mas por um coeficiente eleitoral, com os votos de todos os candidatos do nosso partido. O mérito da eleição dele, não é somente dele, pertence ao conjunto do Cidadania”.
OPOSIÇÃO – Ele afirmou que o Cidadania é oposição ao governo de Jô Silvestre. “O Cidadania sempre foi oposição a esse sistema de governo. O Cidadania tem um plano de governo, inclusive se espelhando em municípios vizinhos que estão muito a nossa frente… O Cidadania voltou ao que era”.