A munícipe Sandra de Arruda Abrahão Veloso procurou o A Voz do Vale para relatar as dificuldades que vem enfrentando para realizar exames importantes. Ela corre o risco de amputação e mesmo procurando a Defensoria Pública, não teve o pedido atendido pela Secretaria Municipal da Saúde de Avaré.
Sandra informou a reportagem que, há um ano, vem sentindo dormência na perna. “Há mais de um ano comecei a sentir enrijecimento e dormência na perna esquerda. Procurei o Posto de Saúde do Bonsucesso e a médica pediu muitos exames, tais como doppler (para analisar as veias e artérias) e ressonância magnética”.
Ela revelou que somente após 8 meses é que conseguiu fazer o doppler, onde foi constatada a trombose. “Demorou se 8 meses para fazer o doppler e constatou trombose, necessitando urgente de stent, cirurgião vascular e cardiologista. Isso em setembro de 2022”.
O caso foi encaminhado ao Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS), para que ela conseguisse atendimento em unidades do Estado de São Paulo. Porém, segundo ela, as consultas somente foram realizadas em janeiro de 2023, após intervenção da Defensoria Pública.
“Só fui conseguir consulta com esses profissionais pela Defensoria Pública em janeiro de 2023, onde me orientaram entregar o ofício em mãos na Secretaria da Saúde, pois sendo por email, jamais dão resposta. Atendimento péssimo”.
No dia 15 de janeiro, ela sofreu um Acidente Vascular Cerebral – AVC, onde foi constatado urgente acompanhamento com um médico especialista para eventual cirurgia. “Não bastasse, sofreu com trombose na perna esquerda, desencadeando diversas complicações para sua locomoção”, destaca o ofício da Defensoria Pública endereçado a Secretaria de Saúde.
Sandra conseguiu uma nova consulta no início de março, onde foi solicitado, novamente, os exames de doppler e ressonância.
Devido à gravidade, ela retornou para a Defensora Pública para que os exames fossem realizados com brevidade. “Fui consultada em 01/03 e entrei com recurso na Defensoria para obter doppler e ressonância, devido a urgência de meu caso e risco de amputação de membro e paralisação de locomoção”.
Porém, até o momento, a Secretaria de Saúde não teria atendido o pedido da Defensoria Pública. Sandra está pedindo providências urgentes sobre seu caso. “Peço urgentes notícias. Não tem a quem recorrer. Relato também a falta de profissionais treinados para trabalhar no CROSS e na Secretaria da Saúde”.
Um retorno foi marcado somente para o dia 3 de maio, ou seja, 2 meses após ser consultada. No dia 17 de março foi requerido, no Centro de Saúde I, mais conhecido como Postão da Rua Acre, a realização dos exames, porém, até o momento, eles não foram realizados.
Ela finalizou agradecendo o atendimento dos profissionais do Ambulatório Médico de Especialidades – AME, pois “são educados e bem treinados”.
Ela autorizou que o nome fosse citado na reportagem.
OUTRAS RECLAMAÇÕES – Na última semana, uma munícipe usou a rede social para desabafar sobre a situação da Saúde em Avaré. Há semanas ela vem sofrendo com febre alta, porém não teve um diagnóstico sobre o que estaria causando essa alteração na temperatura.
Ela relata que procurou o Pronto Socorro, foi medicada com antibiótico, mas o problema não foi resolvido.
Em nota enviada à imprensa, o secretário de Saúde de Avaré classificou as reclamações dos munícipes como “grotescas” e ofensivas.
Ele destacou ainda que não pode ser culpado e nem ofendido por aquilo que estaria fora de seu alcance. Ele ainda criticou o Departamento Regional de Saúde de Bauru.