A Corregedoria da Polícia Civil de Avaré vai apurar os fatos sobre a conduta do escrivão J.A.T.S.A., que chegou a ser preso após desacatar, agredir e ameaçar policiais militares durante uma abordagem que ocorreu nas imediações de um bar, no Jardim Vera Cruz, em Avaré.
Em nota enviada ao A Voz do Vale, a Delegacia Seccional de Polícia Civil informou que mesmo o servidor estar exercendo a profissão na Seccional de Polícia de Ourinhos, como o caso ocorreu em Avaré, foi elaborado um Termo Circunstanciado no Plantão Policial e a equipe Corregedora da Seccional de Avaré vai apurar os fatos.
Durante a abordagem, o escrivão teria se identificado como delegado de polícia e se apresentou alterado. Informações obtidas por outros clientes davam conta que o homem estava armado. Na intenção de não ser abordado, o escrivão foi se dirigindo para seu veículo, porém os PMs: Subtenente Piagentino e os cabos Monteiro e Costa iniciaram a abordagem padrão, momento em que começaram a ser desacatados pelo homem.
No momento em que foi solicitado que ele colocasse as mãos na cabeça, o homem, teria dito que era delegado e que ninguém colocaria a mão nele. Após insistência, ele, de forma “irônica”, teria dito que já teria sido policial militar e que já tinha recebido R$ 3 mil por mês, tentando desmerecer a equipe da PM.
O escrivão começou a ofender os policiais, dizendo que ninguém colocaria as mãos nele, pois estava armado. O homem apresentava que estava alcoolizado, sendo que os PMs conseguiram retirar a arma que estava na cintura e nesse momento, o mesmo partiu para cima de um dos policiais, sendo que foi necessário o uso de algemas, momento em que foi dada a voz de prisão.
Mesmo algemado, o homem desacatou os militares, dizendo que queria um advogado e que iria mandar todo mundo para o presídio Romão Gomes. Que teria curso superior e todos os policiais que estavam na ocorrência não tinham estudo, voltando a ofender um dos policiais.
Ainda alterado, o homem não queria que os militares vistoriassem seu veículo, inclusive falando que o subtenente precisaria “estudar mais para saber de lei”, momento que começou a gritar tentando intimidar a ação dos PMs. No veículo, os policiais localizaram 1 munição deflagrada de uma arma 9mm.
Após os fatos, a equipe conseguiu contato com o homem que foi agredido no bar, na qual alegou que levou um tapa no rosto e foi jogado ao chão, sendo que foi ameaçado pelo escrivão, inclusive de perder o emprego em um posto de combustíveis em Avaré.
Já no Plantão Policial, um médico atestou que o escrivão J.A.T.S.A., estava alcoolizado. A arma dele foi apreendida, juntamente com as munições, sendo 12 intactas e uma deflagrada.
O escrivão J.A.T.S.A, responderá pelos crimes de desacato, resistência, desobediência, ameaça e agressão. Ele também deverá responder por porte ilegal de arma, já que apresentou somente o Certificado de Registro de Arma de Fogo, o que não é válido como porte.
Após a elaboração do boletim de ocorrência, todos foram liberados.