Os atos terroristas que devastaram Brasília no domingo, dia 8 de janeiro, provocaram repúdio na classe política. Deputados federais e estaduais do interior de São Paulo se posicionaram contra a quebradeira registrada na sede dos três poderes na capital do país: Palácio do Planalto, Congresso e STF. Até as 23 horas de domingo, 300 pessoas haviam sido detidas.
De Sorocaba, o deputado federal Vitor Lippi (PSDB) repudiou o ataque e apoiou a intervenção federal na segurança do DF, decretada por Lula (PT) no fim da tarde de domingo.
“Em face dos acontecimentos no dia de hoje, com a divulgação de cenas lamentáveis da invasão do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF, por manifestantes que pediam intervenção militar, ato incompatível com o regime democrático em que vivemos, além da atuação insuficiente do Governo do Distrito Federal, fez-se necessária a intervenção federal. Tal matéria será tratada no Legislativo e terá meu voto favorável”, escreveu.
Simone Marquetto, deputada federal de Itapetininga eleita pelo MDB em 2022, também se posicionou contrária aos atos. “Oremos pelo Brasil. A violência não gera resolução. Paz e diálogo levam a ordem e ao progresso.”
A deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB), de Sorocaba, usou as redes sociais para classificar o ato como terrorismo e pedir punição aos vândalos. “Meu total repúdio aos atos terroristas de hoje em Brasília que vandalizaram as instalações dos 3 Poderes do nosso país. Espero a mais rápida punição aos responsáveis que apenas envergonham a nossa democracia e corrompem a paz social”, afirma.
REGIÃO DE BAURU
Outro que se manifestou contra o vandalismo deste domingo foi o deputado federal de Ourinhos, mas de domicílio eleitoral em Bauru, Capitão Augusto. O deputado, que é do mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL, Augusto manifestou repúdio à violência registrada. Ele é presidente da frente parlamentar da segurança pública.
“Nota de repúdio pela forma violenta como foram conduzidas as manifestações ocorridas neste domingo na capital federal, com depredação e invasão de patrimônio público e violência contra agentes de segurança pública”, escreveu.
“A liberdade de manifestação é pilar fundamental do nosso Estado Democrático de Direito, que deve ser resguardado quando utilizado de forma legítima, nos moldes em que garantidos pelo nossa Constituição”, completou.
O deputado ainda disse que, a frente parlamentar que ele representa, formada por 300 deputados, “solidariza-se com os policiais que foram atingidos no exercício das suas funções e se compromete a acompanhar as investigações para a identificação e punição”.
Rodrigo Agostinho, ex-prefeito de Bauru e ex-deputado federal, cotado para assumir o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), escreveu que as cenas deste domingo são de “destruição e violência”. “Inadmissíveis atos de vandalismo e invasão do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. Cadeia deles!!!”, postou.
O deputado estadual e ex-prefeito de Marília (SP), Vinicius Camarinha (PSDB), lamentou o ato bolsonarista e condenou “a depredação por vândalos aos prédios públicos do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF)”. “Manifestação sim, vandalismo não”, completou.
REGIÃO DE RIO PRETO
“Reprovável” foi como classificou o deputado federal Luiz Carlos Motta (PL), com domicílio eleitoral em Rio Preto, sobre o vandalismo em Brasília.
“Toda e qualquer forma de radicalismo, ainda mais ideológico, é reprovável. O que se vê hoje em Brasília em nada contribui com o Brasil. Respeitemos a Constituição e a nossa valorosa democracia.”
Fausto Pinato (PP), também deputado federal pela região, disse que “é lamentável ver nossos irmãos enganados por mentiras repetidas à exaustão, e agora como ato final da decepção, vão a Brasília e devem voltar rapidamente para a casa totalmente frustrados, ao caírem na real que o presidente eleito tomou posse (está governando), e que foram vítimas de uma manipulação, enquanto o ex-presidente Bolsonaro goza férias na Flórida”, opinou.
Nas redes sociais, o deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB) também repudiou as invasões.
Fonte: G1