Em um discurso inflamado durante a sessão da Câmara, realizada na segunda-feira, dia 21 de novembro, a vereadora Carla Flores (MDB) criticou a mudança promovida pela Prefeitura que tirou da Secretaria de Saúde o setor próprio da medicamentos e passou a responsabilidade exclusivamente para o Departamento de Compras da municipalidade.
Para ela, foi um plano macabro que prejudicou a compra de medicamentos e defendeu o secretário de Saúde, Roslindo Machado. Há meses, munícipes reclamam da falta de remédios na rede básica de saúde.
“É um plano macabro que está ocorrendo em Avaré. Em Avaré, a Secretaria de Saúde tinha o setor de compras e tiraram esse setor, quer andava tudo certo nos primeiros 4 anos de governo. Gosto realmente do prefeito Jô (Silvestre), mas só `to´ falando que está erradíssimo e eu tenho que falar e apresentar aqui”, disse.
Ainda segundo Flores, estaria havendo uma briga de egos, porém não citou nomes. “O setor foi para o Departamento de Compras do Paço Municipal, e eu não estou falando que é culpa do funcionário. A coisa é muito pior. Isso se chama briga de egos. É graças ao Roslindo que a saúde está como está, porque era para estar muito pior”.
A vereadora chegou a afirmar que o secretário de Saúde, Roslindo Machado, estaria sendo “forçado” a aceitar algumas situações. “O Roslindo é obrigado a enfiar goela abaixo as coisas que estão acontecendo, porque as pessoas clamam por remédio… Vão colocar a culta em quem? No dono da pasta, mas o que o Roslindo pode fazer se as pessoas estão precisando? Eles estão cotando abaixo do preço para forçar a compra emergencial”.
Carla Flores, indiretamente, criticou o setor de Licitações da Prefeitura. “Eu sou especialista em direito do consumidor, e eu vou ter que dar aula de licitação, de dispensa de licitação por causa de um tal concurso que vai acontecer em Avaré. Eu só vou perder votos se eu deixar as pessoas continuar sendo enganadas”.
CONCURSO – Sem explicar os motivos, a vereadora chegou a dizer que os concursos públicos que a Prefeitura de Avaré vem promovendo “não vai valer de nada”, mas, novamente, não explicou o porquê. “Você que pagou a taxa de inscrição com seu dinheiro suado em um concurso que não vai valer de nada, porque eu quero explicação”.
As provas dos concursos públicos da Prefeitura estão agendadas para ocorrer na primeira quinzena de dezembro, porém a empresa responsável pelo certame estaria tendo problemas com o sistema de inscrição dos candidatos.
Indiretamente ela também criticou o Departamento Jurídico da Prefeitura. “Dispensa de licitação para beneficiar 9 mil alunos tem medo, agora as outras dispensas de licitação de compra emergencial a senhora não acha errado, claro que não, pois a conta vai cair no prefeito”, disparou.