O vereador Tenente Carlos Wagner (PSD) sofreu uma reprimenda da Mesa Diretora da Câmara de Avaré. O fato ocorreu durante a sessão de segunda-feira, dia 11 de abril. Na reprimenda, o presidente do legislativo, vereador Flávio Zandoná, alega que o parlamentar havia proferido afirmações que feriram o regimento interno durante o uso da palavra livre.
Indignado com a situação, o vereador Carlos Wagner afirmou que estaria sendo vítima de perseguição. “Estou sendo vítima de uma perseguição. Aliás, quando chega a época de votar as contas do prefeito ai surgem algumas situações. No passado apareceram com uma sindicância para dizer que eu me envolvi em um acidente com meu veículo. Daí vem duas pessoas aqui dizendo que o prefeito queria me ajudar, mas me ajudar no que? Depois de um tempo a sindicância sumiu”.
Ele afirmou, ainda, não se intimidar com a situação. “Eu não tenho medo. Eu vivo há 33 anos a luz do regulamento da Polícia Militar, do Código Militar e o Código de Processo Militar. Não me intimido, sei muito bem como me defender, mesmo porque ninguém será julgado sem o devido processo legal, garantida a ampla defesa e o contraditório”.
O vereador disse também que vai se defender. “Essa reprimenda que foi a mim aplicada, podem ter certeza que não vai parar aqui. Não foi me apresentada nenhuma acusação com referência a uma advertência que falaram que eu e o Marcelo Ortega sofremos. Não me intimido, não tenho medo e podem ter certeza que eu vou me defender e eu vou até o fim contra essa punição”.
Segundo ele, a intenção seria cassar sem mandato. “Estão tentando me tirar daqui e eu sei muito bem quem é o autor disso, e eu não vou me calar, não sou covarde e não tenho medo e ei sei muito bem que é o mentor disso”.
É ILEGAL – Alguns vereadores da oposição saíram em defesa do parlamentar. Para o vereador Marcelo Ortega (Podemos), a reprimenda aplicada ao Tenente Carlos Wagner seria ilegal. “Essa reprimenda é injusta, ela é ilegal, não existe nenhuma legalidade nisso, até porque não se confirmou a advertência e houve, sim, um cerceamento de defesa. Primeiro foi dada a advertência e depois sumiu?”.
Ortega solicitou que o vereador não fique abatido com a situação. “Essa reprimenda é a coroação da sua atividade firme aqui nessa Casa, a liberdade de expressão, o direito a crítica, que é de todos os parlamentares na construção de um parlamento que discute, debate. Não se deixe abater, pois você é uma referência como vereador e tem nosso respeito”
O vereador Luiz Cláudio Despachante (PSD) também saiu em defesa do colega de partido. “Me sensibilizo com o vereador Carlos Wagner, vereador combatente, forte, que preza pelo município, gosta da cidade, de pessoas e eu acompanho sua luta, diuturna. Ele não está de brincadeira”.
Ele afirmou que a punição aplicada seria uma injustiça. “Foi uma tremenda injustiça que fizeram nessa Casa de Leis. Estou indignado, mas a nossa voz não será cerceada, jamais. Nós fomos eleitos pelo povo e estaremos aqui até o fim, defendendo o povo. Basta de cerceamento”.
A vereadora Bel Dadário (PSL) também saiu em defesa do vereador. “Sinto que o vereador foi injustiçado aqui, pois acho que a palavra livre é para a gente falar o que a gente sente, o que a gente pensa e quero deixar meu apoio ao vereador Carlos Wagner”.