O Ministério Público de São Paulo pediu o arquivamento de uma representação proposta pela deputada estadual Isa Penna (PSOL) contra o parlamentar Fernando Cury, afastado seis meses do cargo por assediar sexualmente a colega na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), em dezembro passado.
No inquérito, Penna e outras deputadas argumentaram que Cury continuava exercendo seu mandato mesmo no período da punição. Elas se basearam em publicações nas redes sociais que mostravam o político se reunindo com autoridades públicas na iniciativa chamada de “Caravana 2021”.
No documento em que pede o arquivamento desta representação, assinado pelo procurador de Justiça Mario Antonio Tebet, o MP argumenta que “a realização ou participação em eventos de cunho político ou mesmo partidário não é suficiente para caracterizar ato inerente ao ofício de parlamentar”.
O órgão também aponta que Fernando Cury não compareceu à Alesp, participou de sessões ou comissões, não apresentou proposituras, e, portanto, segundo o texto, não estaria descumprindo a punição de 180 dias.
Com informações do R7