Mais de dez municípios na região de Avaré, interior de São Paulo, vivem uma situação de alerta devido à seca na represa de Jurumirim. Os níveis das águas estão cada vez mais baixos e a população permanece amargando com prejuízos incalculáveis.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível da Represa de Jurumirim na segunda-feira, dia 23 de novembro, é de 19,23% da capacidade total. Devido à falta de chuvas e o aumento da vazão do reservatório de Chavantes, vem vazando com que o nível fique cada vez menor a cada dia.
A concessionária responsável pela administração do local, a CTG Brasil, é um braço da multinacional chinesa, China Three Gorges. Segundo os habitantes, ela não toma conhecimento da situação alarmante das cidades que dependem da represa para sobreviver.
O proprietário de um resort às margens da Jurumirim, José Carlos Camargo, diz que vários setores estão sendo afetados. “Desde que mudou a empresa que explora a geração de energia elétrica, todos esses municípios – principalmente Avaré – vem sofrendo com esgotamento da represa em níveis que nunca ocorreram antes.”
Durante a sessão da Câmara, realizada na segunda-feira, dia 23, a vereadora reeleita Adalgisa Ward, cobrou as autoridades para que atitudes sejam tomadas e que ocorram ações eficientes para resolver o problema.
Enquanto isso a população se pergunta até quando vai perdurar o descaso e ficaram reféns, tendo sua fonte de renda drasticamente impactada sem que alguma atitude seja tomada.
PETIÇÃO – Munícipes lançaram uma petição na internet em defesa da Represa de Jurumirim e da preservação do Meio Ambiente e da fauna, em Avaré. A iniciativa já teve adesão demais de 7 mil pessoas.
Para os responsáveis pela petição, a represa está sendo alvo de descaso da empresa chinesa, concessionária do reservatório, bem como do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS. “A Represa de Jurumirim está sofrendo com o descaso das autoridades, principalmente da ONS, com relação ao mantimento do nível mínimo de suas águas para a preservação do meio ambiente e da fauna local”.
Segundo o grupo, o baixo nível das águas estaria impactando a natureza e o turismo. “Os impactos são gigantes para a natureza, o turismo, população local e economia dos 9 municípios que são banhados pela Represa. Já são praticamente 3 anos de total descaso”.
A petição pede que seja firmado um compromisso da empresa chinesa e da ONS, para que o nível da represa seja mantido, no mínimo, em 40%. “Por favor, nos ajude a pressionar as autoridades para que seja tomada uma medida de preservação de toda a riqueza natural e econômica que a região tem e que depende exclusivamente da represa para sobreviver e prosperar. Precisamos do compromisso de um nível mínimo de 40% para conseguir um equilíbrio em todas as áreas”.
Quem quiser assinar a petição, basta clicar AQUI.