O vereador Tenente Carlos Wagner (PSD) voltou a fazer duras críticas contra os integrantes da Mesa Diretora da Câmara de Avaré, principalmente direcionadas ao presidente da Casa, vereador Flávio Zandoná. As declarações foram proferidas durante a sessão do legislativo, realizada na segunda-feira, dia 8 de novembro.
Carlos Wagner criticou o fato de integrantes da Mesa Diretora terem arquivado a denúncia com pedido de cassação contra eles mesmos. “Na Câmara não pode ter um peso e duas medidas. Eu nunca vi um agente público arquivar uma denúncia contra si próprio. Nem o Presidente da República tem esse poder. No entanto, aqui se permite isso”.
Para o parlamentar, a Mesa Diretora estaria agindo com um peso e duas medidas e citou a denúncia contra o vereador Marcelo Ortega. “O problema dentro dessa Casa é o um peso e duas medidas. Por analogia, a CP (Comissão Processante) que arrumaram contra o Marcelo Ortega deveria ser arquivada também, baseada no parecer do jurídico dessa Casa. No parecer tem tudo para que o Ortega possa se defender. Aliás, se baseie nesse parecer que arquivou a CP contra os 5 vereadores na sua defesa Marcelo. É um verdadeiro absurdo, pois arquiva a denúncia e fica por isso mesmo?”, questionou.
O vereador revelou que o clima no legislativo não seria dos melhores. “O clima (na Câmara) está cada vez pior. Aqui existe uma separação enorme de oposição e situação. Tudo feito na surdina, na clandestinidade. Ao invés de agregar, não, cada vez mais piorando o clima aqui dentro dessa Casa”.
Wagner voltou a falar sobre as alterações no Regimento Interno, na qual estaria prejudicando projetos apresentados pelos vereadores da oposição. “Essas alterações absurdas que fizeram no Regimento Interno, principalmente dando poder para as comissões arquivar projeto de lei. Os projetos de lei dos vereadores da oposição não sai nem daqui de dentro e nem submetido a votação no plenário. Olhem o absurdo, a ganancia do ser humano”.
Ele também falou sobre um suposto autoritarismo que estaria ocorrendo na Casa de Leis. “Prorroga o mandato do presidente (do legislativo) para 4 anos, cerceia o direito do cidadão vir aqui e usar a tribuna livre, que antigamente eram 3 pessoas poderiam usar por sessão e hoje é um por mês. É um absurdo. Um autoritarismo a toda prova e eu nem sei até onde vai parar isso”.
O vereador voltou a falar que Zandoná seria um divisor entre a oposição e a situação. “Pessoa que no passado era crítico ferrenho, instaurou CPI, denunciou no Ministério Público o prefeito, hoje está de mãos dadas com ele, defendendo os interesses do executivo. Hoje o vereador Flávio Zandoná é o divisor nessa Casa entre oposição e situação”.