O vereador Tenente Carlos Wagner (PSD) usou a palavra livre da sessão ordinária de segunda-feira, dia 10 de abril, para criticar integrantes da Mesa Diretora que estariam tentando dar um “golpe” contra o presidente da Câmara, vereador Léo Ripoli.
Carlos Wagner elogiou a postura de Ripoli e criticou o ex-presidente do legislativo, vereador Flávio Zandoná, que, segundo ele, teve uma postura autoritária e antidemocrática.
“O presidente Léo Ripoli tem uma postura totalmente adversa ao seu antecessor, o ex-presidente Flávio Zandoná, que tinha uma postura autoritária, antidemocrática, tentando calar os vereadores da oposição, obedecendo as ordens que lhe eram enviadas. Inadmissível, um dos piores (presidentes) que tivemos na história da política avareense, jogando com interesse pessoal e deixando o interesse público de lado”, disse.
O vereador lembrou que Zandoná, na gestão 2017/2020, foi opositor de Jô Silvestre, pedindo para o prefeito comer um tijolo. “Ele que era opositor ao prefeito, fez denúncia ao MP, fez CPI, trouxe um tijolo para o prefeito Jô Silvestre comer aqui. Era um opositor ferrenho”, completou.
Para o vereador Tenente Carlos Wagner, a Mesa Diretora teria dado um “golpe” no presidente da Câmara, primeiro exonerando o assessor. “Deram um golpe no presidente Léo Ripoli. Primeiro golpe que deram foi mandar o assessor do presidente embora sem justificativa alguma, por um ato da Mesa (Flávio Zandoná, Roberto Araújo, Ana Paula e Jairinho do Paineiras)”.
Na época, a esposa do assessor de Léo Ripoli também foi exonerada da Prefeitura. “E não bastasse isso, ligaram para o executivo e exoneraram a esposa do assessor do presidente que trabalhava na Secretaria da Cultura. Puro revanchismo político, uma forma de tentar intimidar o presidente Léo Ripoli, para que ele mudasse de postura e ele não mudou, se manteve coordenando os trabalhos da forma que tem que ser feita nessa Casa”.
“Como que manda um assessor embora sem ele ter cometido transgressão alguma, sem justificativa, simplesmente para pressionar o presidente Léo Ripoli a mudar de postura e denunciar, só que ele se manteve”, completou Carlos Wagner.
O terceiro ato da Mesa Diretora foi a tentativa de destituição de Léo Ripoli da presidência da Câmara. “E hoje emitiram uma notificação aqui destituindo o presidente Léo Ripoli da Mesa Diretora, isso porque a diretora dessa Casa, Ádria de Paula já havia dito no passado que quem manda aqui é a Mesa Diretora e não o presidente mais”.
O vereador Carlos Wagner revelou que o Ministério Público teria notificado a Câmara para que apresentasse defesa sobre um ato cometido pela direção do legislativo no fim de 2022, que teria sido irregular.
“Tem uma manifestação do Ministério Público enviou para essa Casa se defender da convocação, supostamente irregular, do vereador Lazão para a votação da Mesa Diretora no final do ano passado. A diretora escondeu o atestado médico da vereadora Carla Flores, que era para estar no sistema, ela protocolou e escondeu”.
MAIS CRÍTICAS – O vereador Marcelo Ortega (Podemos) também se manifestou a tentativa de destituição de Léo Ripoli.
“Eu entendo que para destituir um presidente de um poder, isso não se faz em uma notificação de dois dias. É totalmente nulo o que foi feito aqui hoje, totalmente absurdo e que essa noite seja apagada da história política de Avaré pelo absurdo cometido aqui”, disse.