Em nota encaminhada a imprensa na tarde de terça-feira, dia 6 de dezembro, o prefeito Jô Silvestre afirmou que vai multar quem vender produtos sem credenciamento no interior do Parque de Exposições “Fernando Cruz Pimentel” durante a 52ª Emapa. A sanção pode superar R$ 2 mil.
Segundo a Prefeitura, vendedores interessados em comercializar produtos na feira devem comprar um ponto junto à empresa que organiza o evento. O prefeito chegou a dizer que os ambulantes estariam atrapalhando comerciantes que adquiriram o ponto dentro da festa.
“É preciso respeitar quem comprou espaço dentro da festa”, ressalta o prefeito Jô Silvestre. “Os barraqueiros estão pagando alto pelo ponto e precisam trabalhar para poder cumprir o contrato. Quem está com ponto no recinto está ajudando a pagar a festa, mas quem vende na porta está atrapalhando”.
A Prefeitura ressaltou que não proibiu o comércio de ambulantes, apenas teria definido os locais onde eles podem atuar. De acordo com o Código Tributário, o município tem autonomia para decidir sobre onde os ambulantes vão ficar.
Ambulantes sem credenciamento não podem comercializar produtos a menos de 500 metros do perímetro do parque.
“Eles já têm todos os finais de semana nas feiras livres, como a Feira da Lua e da Paranapanema. Muitos nem pagam Alvará, usam energia da Prefeitura e agora na Emapa querem fazer barulho como se tivessem certos”, continua o prefeito.
“Eles querem vender quase dentro do evento. Aí é fácil. Até eu gostaria de ficar na frente vendendo”, resumiu Jô Silvestre.
REVOLTA – O decreto de Jô Silvestre gerou revolta dos ambulantes de Avaré. O prefeito proibiu a qualquer atividade de ambulantes, incluindo venda de bebidas alcoólicas ou não alcoólicas, alimentos, bijuterias e brinquedos, no raio de até 500 metros do entorno do parque de exposições.
Silvestre ainda proibiu o exercício de atividades de estacionamento e guarda veículos no entorno da Emapa, bem como o serviço dos “flanelinhas”.
“O prefeito mandou colocar grade aqui. Nós parecemos bandidos. Quem paga imposto da Emapa somos nós senhor prefeito. Quando o senhor precisou o senhor foi na porta de casa”, desabafou um dos trabalhadores em um vídeo postado em uma rede social.
Outra munícipe também se revoltou. “Tá impedindo da gente ganhar o nosso. (Tem festa) mais não tem remédio, não tem leite, mas proibir a gente de ganhar o nosso eles vêm”, disparou.
Em outro vídeo é possível ver fiscais da Prefeitura próximos aos ambulantes. “Os fiscais, que estão aqui, mandaram a documentação do meu carro que está parado em via pública e eles são fiscais de alvará e não fiscais de trânsito”.