O promotor de Justiça do Ministério Público do Paraná, Lucas Cavini Leonardi, que é natural de Cerqueira César, esteve atuando em um julgamento inédito realizado no Brasil para um caso ocorrido no Paraguai.
Após pouco mais de oito horas de julgamento, a Justiça do Paraná declarou Acosta Riveros culpado dos homicídios do jornalista Pablo Medina (53 anos) e Maribel Antonia Almada Chamorro (19). Consequentemente, a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler decidiu proferir pena de 21 anos de prisão pelo homicídio de Medina e mais 15 anos pelo homicídio de Almada, num total de 36 anos de prisão.
Após a decisão, Flavio Acosta Riveros anunciou que apelará da decisão judicial tomada em Curitiba. Ressalte-se que ele já cumpre pena de 12 anos de prisão por um caso de violência familiar de que foi vítima sua companheira no Brasil, de quem tem um filho pequeno. Nesse sentido, cabe destacar que devem ser descontados quatro anos da pena vigente, que é o tempo que já está encarcerado por agressão ao companheiro.
Após conhecer o resultado do julgamento, o cônsul do Paraguai em Curitiba, Carlos Fleitas, destacou que “o júri foi esmagador por maioria absoluta, com parecer sobre a culpa do mesmo apesar das tentativas da defesa de refutar as provas de Ministério Público. Estamos muito felizes, confiamos na justiça brasileira e este é o resultado: Justiça foi feita”.
Durante o julgamento, o promotor cerqueirense teve papel fundamental, sendo o primeiro a questionar Sosa, que contou com a ajuda de dois tradutores, um para transmitir as consultas para o espanhol e outro para levantar as respostas em português.